sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DESRESPEITO - Com o braço quebrado, idosa espera há 45 dias por cirurgia

Uma mulher de 78 anos está há um mês e meio com o braço direito imobilizado e sofrendo dores, à espera da autorização da cirurgia para a correção de uma fratura provocada após uma queda.

A demora se deve à falta de entendimento sobre quem bancaria a aquisição de uma placa metálica que deve implantada na paciente: Sistema Único de Saúde (SUS), Secretaria de Saúde de Doutor Camargo, a Secretaria de Saúde de Maringá ou governo estadual. Somente no fim da tarde de ontem, foi definido que o Estado pagará a prótese.
Onívia Dacoreggio Dobicz, moradora de Doutor Camargo (a 41 quilômetros de Maringá), quebrou o colo do úmero ao escorregar e cair em casa. Ela permaneceu oito dias internada na Central de Leitos do Hospital Universitário aguardando vaga para cirurgia em hospital conveniado.
No dia 23 de agosto, foi transferida para o Hospital Santa Rita, mas a cirurgia não foi realizada porque o traumatologista Manoel Duarte Gilberto constatou que a prótese disponibilizada pelo SUS não resolveria o problema da idosa, já que ela sofre de osteoporose.
De acordo com o médico, a fratura, para ser corrigida, necessita de uma placa especial, pois a comum, disponibilizada pelo SUS, não se fixa em ossos com problemas de osteoporose.

Como o SUS não oferece a placa especial, Onívia permanece até agora sem a cirurgia, já que, nesses casos, a despesa caberia à Secretaria de Saúde do município onde mora a paciente.
O secretário de Doutor Camargo, Marcos Antonio Batista, disse que a prefeitura fez tudo o que está ao alcance, mas não dispunha de orçamento para bancar a placa especial, "principalmente diante das constantes quedas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)."
Segundo ele, Doutor Camargo faz parte de um convênio que prevê o repasse de recursos do Estado ao município-polo da região - no caso, Maringá - para atendimento de casos especiais. Mas a Secretaria de Saúde de Maringá não providenciou a prótese, por não ter sido acionada por Doutor Camargo.
"Nós já tínhamos providenciado um ortopedista para fazer a operação, mas a família não aceitou. Com isso ficamos sem saber o que estava acontecendo", explicou Batista.
O Diario

Nenhum comentário: