Homem é preso acusado de abusar sexualmente de filho deficiente

• Um homem foi preso em Apucarana (65 km de Maringá), na última sexta-feira (24), acusado de abusar sexualmente do próprio filho de 11 anos. Segundo o delegado adjunto da 17ª Subdivisão de Polícia Civil, Ricardo Casanova, o menino é estudante, mas possui uma leve deficiência mental, comprovada pela Vara da Infância e Juventude.
  O pai da criança, Severino Barbosa da Silva, é catador de papel, mas passava a maior parte do tempo em casa, cuidando do filho, enquanto a mulher trabalhava. "Era geralmente nesses horários que aconteciam os abusos", conta o delegado.
  O caso foi descoberto através de denúncias de vizinhos. "O menino tinha um comportamento sexual muito precoce para a idade. Ele assediava vizinhos, que acabaram desconfiando da situação e avisaram o Conselho Tutelar", explica Casanova.
  O Conselho Tutelar começou a acompanhar a família. "A psicóloga percebeu que ele reproduzia atos e falas que via em filmes pornográficos junto com o pai. O menino contou ao especialista que Silva ficava nu quando a mãe saía de casa. Ele também afirmou que houve a prática sexual uma vez", afirma o delegado.
  Segundo Casanova, o exame do Instituto Médico Legal (IML) não comprovou o abuso. "Mas nós sabemos que existem muitos atos libidinosos que não deixam vestígios, como o molestamento e o sexo oral", aponta o delegado.
  O pedido de prisão foi pedido com base no depoimento dos vizinhos e também da irmã, de 18 anos, e da própria mãe. "Elas contaram que o menino já havia se queixado dos abusos do pai. A mãe disse que não denunciava, pois sentia vergonha e Silva também as ameaçava", ressalta o delegado.
  De acordo com Casanova, Silva nega todas as acusações. "Ele fala que os filmes pornográficos eram vistos apenas com a esposa, e não com o filho. Nós desconfiamos, pois o acusado possui antecedentes por ato obsceno. Ele tinha mania de mostrar o órgão sexual para pessoas", diz o delegado
  O catador de papel está detido em cela separada na carceragem da delegacia de Apucarana. Ele responderá inquérito por estupro de vulneráveis. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 15 anos de prisão.
  ODIÁRIO