sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Lei do desfibrilador é aprovada na Câmara de Vereadores

Os vereadores aprovaram na sessão de quinta-feira (7), em segunda discussão, o projeto de lei que obriga academias de ginástica, musculação e artes marciais de Maringá a terem equipamento de ressuscitação cardiorrespiratória, para atendimento dos alunos.

Segundo a proposta, o kit deve ter desfibrilador automático, cilindro de oxigênio e conjunto bolsa-válvula-máscara e representa um investimento de cerca de R$ 5 mil.
Para professores de educação física e donos de academias consultados pela reportagem, a lei é um exagero. O professor Alexandre Passos, que dirige uma academia em Maringá, diz que não justifica obrigar as academias, que são pequenas empresas, a fazerem um investimento tão pesado.
"A iniciativa do vereador é boa, mas tem que dimensionar isso. Academias pequenas, que têm cerca de 100 alunos, vão ter dificuldades para de adequar."

Passos explica que, além do tamanho da academia, é preciso verificar quais as atividades são desenvolvidas. "Quem faz uma aula de 50 minutos, numa atividade que exige muito do sistema cardiovascular, precisa de muito mais preparo e atenção do que quem faz musculação, por exemplo", explica.
A lei aprovada ontem segue agora para a sanção do prefeito Silvio Barros (PP). A proposta prevê que além do kit, as academias tenham profissionais responsáveis, treinados e certificados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para fazer o atendimento.
O vereador Manoel Sobrinho (PC do B), autor do projeto, justifica que o equipamento pode salvar vidas. "A falta desse equipamento nas academias é um perigo", alega o parlamentar, que não cobra em seu projeto um prazo de adaptação das academias, nem prevê multa para quem não acatar a lei.
Edmundo Pacheco

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