quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Professora da UEM é incluída em lista das principais pesquisadoras do país

Gisella Maria Zanin, do Departamento de Engenharia Química, já teve 350 artigos publicados e já orientou pesquisas de cem alunos ao longo dos 34 anos de carreira acadêmica

A professora e pesquisadora Gisella Maria Zanin, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), será a única homenageada do Paraná no Prêmio Scopus Brasil 2010, que ocorrerá às 19h de 10 de novembro, na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC), em Brasília.
Gisella e outras nove pesquisadoras foram escolhidas por conta da relevância e quantidade dos estudos que realizaram ao longo da carreira acadêmica. Para a seleção das homenageadas, a Editora Elsevier, que organiza o prêmio com o apoio da Capes, considerou o número de artigos publicados, de citações feitas por outros pesquisadores e de estudos orientados.A pesquisadora nasceu em Sertaneja, no Norte Pioneiro do Paraná, mas mora em Maringá desde os sete meses de vida. Ela descobriu o interesse pela vida acadêmica enquanto cursava Engenharia Química na UEM. Em 1976, logo depois de se graduar, ela foi contratada pela instituição. Na sequência, realizou o mestrado e o doutorado na Universidade de Campinas (Unicamp) e não parou mais. Hoje, ela já soma cerca de 350 artigos publicados e cem orientandos (entre graduandos, mestrandos e doutorandos).
Gisella realizou a pesquisa para o mestrado e o doutorado no Departamento de Engenharia Química da UEM. Desde então, foca as pesquisas na aplicação de enzimas para o aproveitamento de matérias-primas renováveis, como o amido de milho, o bagaço de cana e óleos vegetais, para a produção de xarope de glicose, bioetanol de segunda geração e biodiesel.
Na UEM, além de ser professora titular do Departamento de Engenharia Química, ela também integra os programas de pós-graduação de Bioenergia e Biocombustíveis e de Ciência dos Alimentos. “O resultado do trabalho é muito forte na formação de recursos humanos”, afirma. “Os alunos na iniciação científica, por exemplo, levam para o mercado de trabalho tudo aquilo que aprenderam.”
Gisella conta que recebeu a notícia de que seria homenageada por e-mail. “Primeiro, achei que tivessem errado [o destinatário], mas depois vi que era eu mesma”, disse. “Divido esse prêmio com todos aqueles que trabalham comigo, principalmente com meus alunos, porque sem eles eu não chegaria onde cheguei.”
Ela considera que a edição deste ano do Prêmio Scopus Brasil mostra que as mulheres são importantes para a vida científica no Brasil. “Foi uma decisão [dos organizadores do prêmio] oportuna, pois mostra que somos capazes.” 
Gazeta

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