quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Família denuncia sumiço de corpo e caixão no Dia de Finados

Parentes encontraram sepultura aberta, mas sem sinais de arrombamento.
Polícia investiga se houve erro da administração do cemitério ou furto.


Uma família de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, teve uma infeliz surpresa no Dia de Finados (2) quando foi ao Cemitério Vila Rosali visitar o túmulo de uma parente. Ao chegar ao cemitério, o corpo e caixão de Gabriela de Oliveira Gomes Simões, 77 anos, tinham sumido do local. O caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti), que investiga se houve erro da administração do cemitério ou se o corpo foi furtado.
Procurada pelo G1, a administração do cemitério não foi localizada para comentar o caso.

Segundo a família, Gabriela morreu de câncer em abril de 2008 e foi enterrada no bloco 4, na gaveta 140 do cemitério. O local, segundo a família, já estava preparado para receber um outro corpo nesta terça-feira (2).

“O corpo e o caixão da minha mãe sumiram. O buraco está aberto e sem nenhum vestígio de arrombamento. Ela teria que ficar lá até abril de 2011. Tinham quatro sepultamentos hoje e um deles já era pra ocupar o lugar da minha mãe”, conta a filha de Gabriela, Acácia Maria de Oliveira Simões, 53 anos.

O neto de Gabriela, Waldir Simões de Matos, de 27 anos, que também esteve no cemitério para visitar o túmulo da avó, diz que a própria administradora do cemitério ficou surpresa com a situação.

“Fomos em abril deste ano e estava tudo normal. Para exumação a gente recebe um telegrama ou telefonema comunicando porque só pode abrir o caixão na presença da família para retirar os restos mortais, ou por autorização judicial. O cemitério não sabe o que dizer do corpo”. Ele ainda
completa: “Seria um crime tirar o corpo sem autorização da família. Aqui é pior. Porque tiraram e sumiram com o corpo. É roubo”.

A família pensa em processar a administração do cemitério. "Onde foi parar esse corpo? O corpo sumiu. Ainda que tenha sido um erro, quem tem que dar conta do corpo é o cemitério e aí é crime. Então, vamos entrar com um processo criminal e um cível", explica o neto.

Segundo a polícia, a supervisora do cemitério esteve na delegacia para tentar explicar o caso. À polícia, ela disse que não havia nenhuma anotação de que o corpo tinha sido retirado da sepultura, mas ficou de verificar com outros funcionários o que pode ter acontecido.

O caso foi registrado como destruição, subtração ou ocultação de cadáver. A pena para esses crimes varia de 1 a 3 anos de prisão, segundo a polícia.

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