O governo do Paraná homologou na sexta-feira passada a licitação que resultou na contratação do Hospital Metropolitano de Sarandi pelo Sistema de Assistência de Saúde (SAS) para prestar atendimento aos 41.970 servidores públicos civis e militares ativos, aposentados, da reserva e os familiares residentes nos 44 municípios das microrregiões de Maringá e Paranavaí.
A homologação põe fim a uma celeuma iniciada no ano passado, quando o hospital que atendia aos servidores desistiu da renovação de contrato e o governo por três vezes tentou realizar licitações, sem que houvesse candidatos para prestar o serviço.O Metropolitano, que desde abril mantém um contrato emergencial, fica contratado por um ano, podendo renovar o contrato por mais um ano sem a necessidade de nova licitação. Nesse tempo, o hospital receberá R$ 998.886 por mês, o que equivale a R$ 23,80 de cada servidor.
A finalização do processo burocrático não significa o fim da pressão dos servidores sobre o hospital pela melhoria da qualidade dos serviços prestados. De acordo com a representante do Sindicato dos Policiais Civis, Zorá Nepomuceno, um dos problemas está no tempo que o servidor espera por atendimento.
"A cartilha do usuário prevê o atendimento de clínica geral em no máximo cinco dias após o agendamento e o de especialidades em dez dias, no entanto, há agendamentos feitos em meados de setembro para atendimento só no fim deste mês", cita. De acordo com a sindicalista, as entidades vão pressionar o hospital para melhorar a qualidade dos serviços, "que deixam a desejar".
A professora Vilma Garcia da Silva, diretora do APP Sindicato, afirma que diariamente a entidade recebe reclamações de servidores com relação ao atendimento do Metropolitano. "Sabemos que se o hospital venceu a licitação é porque atendeu a todas as exigências do edital, mas temos a obrigação de cobrar que tudo que constava do edital possa ser usufruído pelo segurado do SAS".
Para os servidores que moram nas cidades mais distantes, a preocupação é também com o deslocamento até o hospital. "Temos que tomar um ônibus até Maringá e depois outro até Sarandi, o que consome muito tempo e é uma ação complicada para as pessoas que não conhecem direito a cidade", comentou a professora Rosângela, moradora em Nova Esperança (a 46 quilômetros de Maringá).
Segundo ela, quando o atendimento era prestado pelo Hospital Santa Rita, o ônibus de Nova Esperança parava a apenas alguns metros do hospital.
O diretor do Hospital Metropolitano, médico Antônio Carlos Ferri, ressaltou ontem que, com a garantia de que terá o contrato por no mínimo um ano, o hospital pode fazer investimentos em estrutura física e de pessoal.
"Vamos contratar médicos para todas as especialidades exigidas no contrato e iniciamos a expansão ainda quando o contrato era emergencial", explicou.
Já foi construído um novo prédio de mil metros quadrados para a área de Metro Imagem e em janeiro começa a construção de mais dez apartamentos para acomodação dos pacientes do sistema.
De acordo com Ferri, a questão do deslocamento dos servidores que moram mais longe estará resolvida no fim deste mês. "Nesta terça-feira, vou a Paranavaí finalizar a contratação de uma clínica para atender aos servidores da região, inclusive em especialidades".
Segundo ele, a partir de primeiro de dezembro parte do atendimento do Metropolitano poderá ser feito em Paranavaí e com a contratação de mais profissionais pretende-se reduzir o tempo de espera após o agendamento.
Capacidade
160 é a quantidade de leitos oferecida hoje pelo Hospital Metropolitano.
O Diario
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