terça-feira, 2 de novembro de 2010

Todas as mortes no trânsito de Maringá em outubro envolvem motos

Em acidente no Conjunto Borba Gato, neste sábado, motociclista ficou preso nos galhos de uma árvore


Todos os acidentes fatais no trânsito de Maringá em outubro envolveram motociclistas. No mês passado, foram registradas 12 mortes no trânsito, entre condutores e pessoas atropeladas por motocicletas. Em relação ao ano passado, em que apenas cinco pessoas morreram no trânsito do município, houve aumento de 140%.

Em 2010, o número de mortes envolvendo todos os tipos de veículos já chega a 86 ¿ aumento de 48,27% na comparação com 2009, em que foram feitas 58 vítimas. Nos últimos 3 anos, 210 pessoas morreram no trânsito de Maringá.

Em um dos acidentes, registrado no dia 16 de outubro, dois motociclistas colidiram no cruzamento da Avenida Sabiá com a Rua José Alves dos Santos, no Jardim dos Pássaros. Os dois condutores morreram: Agnaldo Bento Cortez, 35, e Júlio César Pinto, 28.

Em outras duas ocorrências, pedestres morreram ao serem atropelados por motociclistas: Antônia Martin Vitali Peres, 68, no Jardim Santa Helena, e Eronildo Antônio Lopes, 44, no Conjunto Requião. "É lamentável. Há muito abuso de velocidade por parte dos motoqueiros. Eles sofrem mais acidentes porque a moto é um veículo vulnerável", observa o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Maringá, coronel Antônio Tadeu Rodrigues.



Ele acrescenta que Maringá, por se tratar de uma cidade plana, favorece o uso da moto. Outro fato é que é uma cidade polo, que atrai centenas de pessoas, muitas de motocicleta.

Para Rodrigues, é necessária mudança de comportamento. "Não é só saber pilotar uma moto, é preciso saber se comportar no trânsito. No semáforo, a primeira coisa que um motoqueiro faz é ziguezaguear entre os carros para parar na frente dos automóveis. É uma pressa sem razão", aponta.

Uma solução para reduzir os acidentes é a direção defensiva. "É preciso que o motociclista se comporte como um automóvel, ou seja, ocupando seu espaço como se fosse um carro", ensina destacando que o piloto precisa estar atento aos outros motoristas e aos pedestres e ciclistas. "O motociclista precisa trabalhar o conjunto das situações e não agir individualmente".

Na avaliação do presidente do Conseg, o Detran precisa fiscalizar e cobrar mais das autoescolas os cursos de direção defensiva. "Há fiscalização do Detran e muitas escolas se preocupam em preparar os motociclistas, mas é preciso exigir mais a direção defensiva", avalia. O Diario

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