segunda-feira, 18 de julho de 2011

Polícia tem pistas da mulher que deixou bebê em bueiro

A Polícia Civil (PC) de Londrina possui pistas sobre quem teria abandonado um bebê recém-nascido em um bueiro da Rua Jockey Clube, próximo à Pontifícia Universidade Católica (PUC). A suspeita é de que a mulher estaria no 35º mês de gestação e seria usuária de drogas.
O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial (10ª SDP) de Londrina, Márcio Vinícius Amaro, disse nesta segunda-feira (18) que policiais realizaram uma busca nos hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) durante o final de semana. Há cerca de 20 dias, a mulher teria procurado o posto de saúde do Jardim Leonor para fazer o exame pré-natal, mas não retornou no dia seguinte para dar continuidade aos exames.
Segundo Amaro, a mulher deve ter realizado o parto de forma clandestina, pois ainda não há informação de sua entrada em algum hospital. "Ela fez de forma clandestina, utilizou um mocó ou uma residência. Qualquer lugar que não seja um hospital e acabou jogando a criança na galeria", contou.Juliana Leite
O delegado-chefe ressaltou que a polícia aguarda a colaboração da população com informações sobre o paradeiro da mãe da criança. "A gente espera que quem conheça ou tenha visto alguma atitude suspeita nos procure para falar. Esse é o modo mais fácil de conseguirmos identificar essa mulher", disse.
A pessoa que abandonou a criança pode ser indiciada por tentativa de homicídio ou infanticídio. As penas previstas para estes crimes variam de 6 a 20 anos e 2 a 6 anos, respectivamente. "Mas depende do que for apurado. No caso de infanticídio é preciso ainda uma perícia médica e psiquiátrica para avaliar se houve algum transtorno pós-parto ou se já havia intenção premeditada de tirar a vida dessa criança", comentou.
O delegado ainda esclareceu que o crime não pode ser caracterizado como abandono de incapaz, uma vez que havia intenção de matar a criança. "Se fosse abandono de incapaz, o bebê teria sido abandonado em frente a alguma residência ou na rua, o que não ocorreu", complementou.
A garotinha foi resgatada pelo manobrista Ênio Pereira e seu cunhado. Eles tiveram que retirar um tampo pesado de concreto que estava sob a galeria. Questionado se a mulher teve auxílio de outra pessoa para deixar a criança no local, Amaro declarou que não. "Eu não fui até o local, mas a informação que obtive é de há um buraco no tampo, por onde a criança teria sido jogada", disse.
O bebê recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) de Londrina na manhã desta segunda-feira (18). A menina já estava mamando e não precisava mais da ajuda de aparelhos para respirar. Quando chegou ao hospital, ela apresentava uma fratura no crânio e várias escoriações. No entanto, os ferimentos não afetaram o cérebro da criança, que não terá sequelas.

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