O auxiliar de carceragem José Clementino da Silva, 45 anos, foi preso em flagrante na noite de sexta-feira (28) acusado de torturar um detento do minipresídio da 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá. Douglas Deivid Mendes, 18 anos, que está preso desde 20 de setembro deste ano por mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Maringá, precisou ser encaminhado ao Hospital Universitário (HU).
De acordo com informações da Polícia Civil, por volta das 21h Mendes alegou estar passando mal e pediu ao auxiliar de carceragem para ser encaminhado à enfermaria do minipresídio. O pedido foi negado por Silva. Revoltados com a atitude do funcionário, os companheiros de cela de Mendes deram início a um motim exigindo atendimento ao detento.
O delegado-adjunto e diretor do minipresídio, Nagib Nassif Palma, foi chamado para conter os ânimos exaltados e ao chegar no setor de carceragem flagrou Silva torturando Mendes. O rapaz estava deitado no chão e era pisado no pescoço pelo auxiliar de carceragem que usava um par de botas com pontas de metal.
Silva recebeu voz de prisão e foi autuado por crime de tortura previsto no artigo 1º, parágrafo 1, da Lei 9455/97. Ele está detido na 9ª SDP em uma cela isolada dos demais detentos, onde deve permanecer a espera de uma decisão judicial já que o crime é considerado inafiançável. O auxiliar de carceragem trabalha há quase dois anos na 9ª SDP e deveria ter o seu contrato emergencial com o Governo do Estado renovado em breve.
O detento torturado tem pelo menos seis passagens pela polícia por furto e receptação, inclusive quando ainda era adolescente. Mendes sofreu vários ferimentos e na manhã deste deste sábado (29) permanecia internado no HU de Maringá.
O chefe da carceragem, Josué Batista Nunes, avaliou a atitude do delegado Nagib exemplar e informou que nenhum tipo de tortura é tolerado no minipresídio da 9ª SDP. O Diario
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