De acordo com as mães, a direção da creche disse que eles e outras três crianças puxaram enfeites de um biombo de madeira, que caiu, ferindo-os.
No dia 13 de outubro, algumas horas após deixar os filhos na creche, as mães Simone Leite de Carvalho, 29 anos, e Rafaela Aparecida Ricardino, 25, foram contatadas pela direção com a notícia de que os filhos haviam se machucado. Simone foi ao local sem saber da gravidade do acidente.
"Quando cheguei, consegui escutar meu filho gritar lá do portão. Ele estava com um ferimento na testa e um na perna esquerda. A direção quis chamar o Siate, mas estava tão nervosa que o levei direto no hospital que atende ao nosso plano de saúde. Lá descobrimos que ele havia quebrado a perna", relatou.
O menino agora espera por uma consulta com um ortopedista. Como ele deve ficar com o gesso por mais um mês, a mãe foi avisada de que ele precisaria de algumas sessões de fisioterapia.
A outra criança ferida no acidente é uma menina da mesma classe. A perna foi quebrada em dois pontos. A mãe, Rafaela, estava no trabalho quando foi avisada e ligou para a avó da menina, Adrelina Aparecida de Azevedo, 52, buscar a criança.
"Agora temos que cuidar dela o dia inteiro. Ela não consegue ir na creche assim, acho que só volta ano que vem", contou Adrelina.
Crianças feridas em acidente com biombo; pernas quebradas, susto e rotina alterada até o fim do ano
A secretária municipal de Educação de Maringá, Edith Dias, confirmou o acidente, que teria sido provocado, de acordo com ela, pelas próprias crianças, que derrubaram um mural de exposição. Ela nega que tenha havido negligência por parte da direção do centro, tanto na localização do biombo quanto na observação das crianças.
"Havia adultos com eles, mas em uma fração de segundo o acidente aconteceu. Nós ligamos para as famílias para saber como elas estavam. Hoje [ontem], inclusive, a diretora esteve na casa delas, entregando trabalhos que elas tinham feito. Caso alguém fale que fomos negligentes, vamos processá-los", disse.
Edith informou que está repassando aos outros centros – todos com o painel de exposição – pedido para que reforcem a segurança. "A orientação é que coloquem o mais distante possível das crianças. Não tem como prender estes painéis, eles têm rodinhas. Temos o mural em todas as escolas e aconteceu apenas naquela. Foi um acidente mesmo."
Nenhum comentário:
Postar um comentário