IBGE recebe denúncias de seis falsos recenseadores em Maringá

Sílvia na casa de Deisiane, no Jardim Tabaetê: PDA usado para as entrevistas é de exclusivo do IBGE

Foram narradas situações de cinco moradores e um dono de farmácia, alegando que as pessoas que bateram nas suas portas não eram recenseadores. Nenhum suspeito foi preso.
Ontem de manhã, uma reunião foi realizada entre coordenadores e supervisores do Censo em Maringá para reforçar a necessidade de orientar os recenseadores sobre a identificação antes da coleta dos dados.
"Eles seguem normas e estão caracterizados de uma forma que não tem como confundir, além de usarem um PDA (computador de mão) que só nós possuímos. É preciso que cada um dos itens seja observado para, então, aceitar responder o questionário", explica a coordenadora de subárea do Censo de Maringá, Sônia Maria Calixto Gomes.
Ninguém em casa

Além dos falsos recenseadores, Sônia fala de outro problema que têm sido detectado em alguns bairros: os moradores praticamente nunca estão em casa.
As principais áreas são na Avenida Cerro Azul e jardins Novo Horizonte e Tabaetê. "São áreas mais complicadas, mas estamos ajustando as visitas", diz.
Cadastrada para atender ao Tabaetê, a recenseadora Sílvia Aparecida Bertolini Espíndola confirma a dificuldade para achar as pessoas em suas residências, mas foi bem recebida quando chegou à casa da faccionista Deisiane Fernanda Leopoldino, 32 anos, na tarde de terça-feira.

"A maioria tem compreendido a importância do trabalho do Censo. O ruim mesmo é encontrar os moradores, por isso trabalhei no último sábado", conta Sílvia, que já completou o questionário em aproximadamente 80 domicílios.
Deisiane acredita na seriedade do questionário aplicado pelo IBGE. "Sei que, além da contagem da população brasileira, o governo quer saber o que mais precisamos para destinar verbas aos municípios", diz.
O Diario