sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Umidade despenca e deixa Maringá com clima de deserto


Maringá, às 8h de quinta-feira (26), registrou a mais baixa umidade relativa do ar do Paraná para o horário - 24,5%. No decorrer do dia, a mínima ocorreu entre 16h e 17h, com 17%. Mas outras cidades do Norte do Estado já tinham percentuais menores neste horário, como Cambará (13%) e Assis Chateaubriand (15%). O clima seco se compara ao deserto do Saara, que tem média de 15% de umidade. Segundo o Simepar, os níveis têm sido considerados preocupantes especialmente desde o último sábado, quando não houve mais registro de umidade acima de 40% - considerada a ideal.
Conforme a meteorologista Ana Beatriz Porto, do Simepar, a explicação para o clima seco atingir o Norte do Paraná de forma tão impactante está no fato da região ser afastada do Oceano Atlântico. "O que está provocando esta sensação de novidade no clima é o fato de serem dias consecutivos sem chuva. Mas agosto costuma ser um mês de estiagem no Estado. É o mais seco do ano, aliás", lembra. Para compreender a diferença entre os meses e as estações, ela aponta alguns dados. No verão, janeiro teve média de 24°C e 83% de umidade do ar; fevereiro, 25°C e 76%; março, 71% e 24°C. Já no outono, abril, ficou com 70% e 22°C; maio, 80% e 17°C; junho, 66% e 18°C; no inverno, julho registrou 64% e 19°C. Ao analisar o mês de agosto maringaense, Ana aponta para umidade relativa do ar agradável, acima dos 60%, até o dia 15. "Na semana passada, entre os dias 16 e 20, já ficou abaixo de 60%, e depois de sábado não baixou de 35%."

Crianças e idosos

Apesar de pessoas de todas as idades sentirem as consequências do clima seco ¿ especialmente ressecamento da garganta, boca e narinas e ardência nos olhos ¿, médicos alertam para que crianças abaixo de 5 anos, idosos e portadores de doenças respiratórias sejam melhor monitorados. Atentos aos problemas causados pela estiagem dos últimos dias, funcionários do Asilo São Vicente de Paulo adotaram regras em busca do bem-estar dos 85 idosos que vivem no local. "Toalhas úmidas são colocadas nas portas dos quartos e na cabeceira das camas. O clima está tão seco que elas precisam ser trocadas durante a madrugada", comenta o gerente-administrativo do asilo, Humberto Bortoloci.
Odiario

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