quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mulher perde R$ 3 mil em golpe do sequestro

Uma mulher de 46 anos, de Maringá, perdeu R$ 3 mil, nesta terça-feira (31), em um crime que é conhecido como "golpe do sequestro". A extorsão tem se tornado comum em todo o País e explora o desespero de familiares, que pensam ter entes queridos sequestrados.
O procedimento é sempre parecido. No caso da mãe maringaense, a mulher recebeu uma ligação, por volta das 13h, e um indivíduo gritava desesperadamente "Socorro, mãe". "Na hora, a vítima fica tão nervosa, que acaba acreditando que qualquer voz seja a do seu filho", fala o responsável pela delegacia de Estelionatos, Paulo Machado.
Os ladrões começam então a blefar. "Eles falam que estão vigiando a vítima e que ela deve, imediatamente, fazer um depósito em dinheiro em uma conta bancária determinada. Caso não faça isso, eles ameaçam a pessoa supostamente sequestrada de morte", explica o delegado Machado.
Este é o momento em que muitas pessoas acabam caindo no golpe. Desesperadas, elas enviam o dinheiro aos ladrões. Foi o que aconteceu com a vítima maringaense. Somente após depositar os R$ 3 mil exigidos, a mãe percebeu que se tratava de um golpe. Depois que os criminosos desligaram o telefone, ela conseguiu entrar em contato com o filho e descobriu que ele estava bem.
Recomendações
"Recomendamos sempre que a vítima tenha muita calma. Sempre tente entrar em contato com a pessoa que se diz ameaçada. Desligue o telefone imediatamente, mesmo sob ameaça, e tente ligar para o ente. Em sequestros de verdade esse tipo de atitude não intimida os bandidos", explica Machado.
Foi o que aconteceu com a dona de casa Elisabete de Sousa Pádua. No início deste ano, criminosos ligaram para a casa dela falando que sua filha, Elisângela, havia sido raptada. "Fiquei desesperada, pois ela estuda em outra cidade. Minha pressão subiu e eu quase desmaiei de susto. Felizmente meu marido estava em casa e ligou para ela. Percebemos que era um golpe, minha filha estava em aula", conta.
Quando a pessoa supostamente sequestrada não for encontrada, o correto é avisar a Polícia Militar imediatamente, ligando para o número 190. "Nós enviamos uma viatura para verificar onde a pessoa está", afirma o tenente Rogério Aparecido Fernandes.
O delegado Machado afirma que não existem estatísticas que mostram quantas pessoas são vítimas desse tipo de golpe. "Sabemos que o número é grande, mas 90% dos envolvidos não registram queixa", conta. Segundo o policial, a investigação para chegar aos criminosos é dificultada pois a maioria dos telefones usados por eles não é cadastrado ou é furtado.
Cuidado com a exposição de informações
Segundo a Polícia Militar, muitos criminosos conseguem as informações de telefone das vítimas através de cadastros realizados em comércios, e outros locais onde coloca-se telefones de referência, indicando o grau de parentesco. "A culpa não é da empresa, mas de alguns funcionários inescrupuloso que possam lá trabalhar", fala o tenente Fernandes.
As redes sociais da internet, como Orkut e Facebook, também são excelentes ferramentas para os criminosos. "Com elas, consegue-se ver a aparência da pessoa, gostos, e muitos detalhes da vida dela. Por isso, é importante omitir esses dados sigilosas na rede, e deixar informações importantes visíveis apenas para amigos de confiança", afirma o policial.
ODIARIO

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