sábado, 4 de setembro de 2010

Operação apreende máquinas de jukebox

Uma operação envolvendo agentes do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), de Maringá, e da Associação Antipirataria, Cinema e Música (APCM), de São Paulo, fechou ontem à tarde uma fábrica clandestina de jukeboxes (máquinas encontradas em bares, lanchonetes e casas noturnas, que tocam músicas).

A operação se concentrou em um imóvel na Avenida Paiçandu, 884, Vila Operária, onde se concentrava a linha de produção, venda e locação dos equipamentos.

No local, foram apreendidas 42 máquinas, documentos e um computador contendo um arquivo com cerca de 100 mil músicas. De acordo com a polícia, o sistema operacional do computador também não era legalizado, o que justificou a apreensão.

De acordo com o gerente jurídico e operacional da APCM, Edner de Toledo Alves Bastos, a denúncia sobre a existência da fábrica foi feita há cerca de um mês e as informações foram repassadas ao delegado Fernando Ernandes Martins, do Nurce, que deu início às investigações.

"Pelo que apuramos, a fábrica funcionava havia cerca de três anos e revendia não só para Maringá, mas para toda região", informou.

O dono da fábrica, Wagner Luiz Grandizoli, 48 anos, confirmou que a empresa não está filiada à Associação Brasileira de Licenciamento Fonográfico (ABLF), entidade criada por produtores fonográficos para administrar, receber e distribuir os direitos autorais aos associados.

Gradizoli disse que fez o pedido de filiação há cerca de 60 dias e pensava que não haveria problema em dar continuidade ao trabalho, iniciado, segundo ele, há cerca de um ano.

O empresário assegurou que todos os componentes das máquinas foram adquiridos legalmente e chegou a apresentar notas fiscais que comprovariam a transação com empresas nacionais, bem como o recolhimento de impostos.

"O delegado informou que iria analisar a documentação e depois as máquinas serão devolvidas", disse ele.

A polícia confirmou que Grandizoli seria indiciado por violação de direito autoral, modalidade criminosa que prevê pena que varia entre 2 e 4 anos de prisão. As máquinas vendidas serão apreendidas e os comerciantes também podem ser indiciados.

ODIÁRIO

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