terça-feira, 21 de setembro de 2010

Acusado de atropelar e matar homem após empinar moto se apresenta à polícia

O rapaz acusado do atropelamento e morte do servente de pedreiro Josuel Fernandes, 52 anos, no Jardim Batel, em Maringá, se apresentou na manhã desta terça-feira (21) à polícia.
O office-boy Paulo Henrique Amâncio da Silva, 19 anos, compareceu no plantão da 9ª Subdivisão de Polícia (SDP), acompanhado de advogada, e assumiu a autoria do atropelamento, mas negou que estivesse empinando a moto no momento do acidente, no último dia 16.

Acompanhado da advogada criminalista Eliane Regina, Silva prestou depoimento ao delegado adjunto da 9ª SDP, Nilson Rodrigues da Silva. O office-boy declarou que não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e pilotava uma motocicleta que ganhou de presente do sogro quando de seu casamento, há menos de um mês. Segundo Silva, o sogro lhe deu a moto com a condição de que apenas pilotaria o veículo quando estivesse habilitado.
O rapaz afirmou que não estava empinando a moto na noite do acidente e que, ao virar uma esquina, se deparou com Fernandes que, acompanhado da esposa, estaria caminhando no asfalto. O office-boy disse que tentou desviar, mas não conseguiu evitar o acidente. Disse ainda que fugiu pois, logo após o atropelamento, foi cercado por populares e começou a ser agredido ¿ Silva tem um corte na sobrancelha que, segundo ele, foi provocado por um dos populares, que o teria agredido a capacetadas.
Após a fuga, Silva afirma ter parado em um telefone público e ligado para a Polícia Militar para pedir socorro para a vítima. Em seguida, conta que foi para casa e, de lá, para o NIS III no Jardim Alvorada para ser medicado. Depois de medicado, Silva se escondeu na casa de um familiar. Ainda segundo o rapaz, ele pretendia se apresentar à polícia na última sexta-feira, mas a advogada teria compromissos e, por isso, só se apresentou nesta terça-feira.
A Polícia Civil confirmou que vai comparar as versões das testemunhas do acidente e do acusado para decidir se pedirá a prisão preventiva do atropelador. Caso o indiciamento de homicídio doloso seja mantido pelo Ministério Público e acatado pelo Poder Judiciário, Silva deve ser levado a júri popular.
Fernandes foi a 74ª vítima do trânsito em Maringá neste ano, depois de 21 dias sem acidentes com óbitos.
Odiário

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