A empresa Marin Eletro, de Maringá, está sendo acusada de aplicar golpes contra consumidores de várias partes do País por meio do comércio de eletroeletrônicos na internet. Em um intervalo de apenas uma semana, dez boletins de ocorrência chegaram à Delegacia de Estelionato, que instaurou inquérito para apurar os crimes. A boa notícia, é que a conta bancária da empresa, com um volume de depósitos na ordem de R$ 90 mil, foi bloqueada pela Justiça. Os dois sócios do site estão desaparecidos, mas já foram identificados.
De acordo com o escrivão Juventino Ferreira Conceição as investigações começaram dia 21 passado, logo após o envio do primeiro boletim de ocorrência à Delegacia de Estelionato. No documento, um consumidor residente em Bom Jesus (PI) acusava a Marin Eletro de vender um videogame Playstation III por pouco mais de R$ 1 mil, mas não entregar o produto dentro do prazo estipulado. A vítima relatava, ainda, que tentou reaver o valor pago, mas a empresa não apenas protelava a devolução do dinheiro, como a entrega da mercadoria.
"Desconfiamos que se tratava de um golpe e iniciamos as investigações imediatamente, identificando os nomes dos donos da empresa, endereços comercial e residencial, além da conta bancária usada para receber o depósito feito pelo consumidor", explicou o escrivão. Em meio às investigações, outros boletins de ocorrência, lavrados nos Estados de Goiás, Rondônia, Pernambuco, São Paulo, Paraná, além do Distrito Federal, começaram a chegar na delegacia.
A Polícia Civil recorreu ao Ministério Público e à Vara Criminal, que acataram o pedido de bloqueio de uma conta que a Marin Eletro mantinha em uma agência do Banco do Brasil em Maringá. O bloqueio foi feito no dia 23 passado.
Foragidos e sem dinheiro
Um dia após o bloqueio os sócios da empresa, identificados como Waldiney Carvalho Ribeiro e Rafael Yassuda, tentarem limpar a conta. A polícia descobriu que Ribeiro e Yassuda já haviam emitido R$ 70 mil em cheques e tentavam sacar outros R$ 20 mil em uma agência do BB em Guaíra. A Justiça também determinou o bloqueio do site, mas até a tarde de ontem ele permanecia funcionando.
As investigações também revelaram que a Marin Eletro funcionou por apenas três meses em um imóvel localizado na Avenida Brasil, 1.225, sala 11. Além de Ribeiro e Yassuda, outro homem, identificado apenas como Carlos, teria trabalhado no local. A sala foi desocupada no final de novembro, cerca de duas semanas antes da conclusão dos golpes. "O plano era colocar o site no ar apenas para as vendas de Natal e mantê-lo ativo até o prazo máximo para entrega dos produtos, que era de 15 dias", diz i escrivão.
O endereço residencial de Yassuda ainda é desconhecido. Em um formulário no qual solicitou a segunda via da cédula de identidade, ele informou residir em Londrina, o que não seria verdade. A polícia desconfia que ele mora em São Paulo.O Diario
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