quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Hemorragia no intestino de José Alencar é localizada e contida
Após quatro horas de procedimentos cirúrgicos, a equipe médica que atende o vice-presidente da República, José Alencar, identificou nesta terça-feira (28) o novo foco de sangramento no intestino do vice.
As microartérias que provocavam o pequeno sangramento foram fechadas, e os médicos aguardarão até três dias para verificar a eventual incidência de novas hemorragias.
Segundo o médico Raul Cutait, o sangramento foi "encontrado e bem resolvido". O quadro clínico de Alencar permanece estável, de acordo com os médicos.
Por volta das 21h30, o vice-presidente passava por uma hemodiálise sem previsão de horário para acabar, de acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Sírio-Libanês.
A hemorragia, decorrente de um dos tumores que Alencar ainda mantém no abdome, foi contida por meio de um procedimento chamado embolização, que é a inserção de microesferas de acrílico revestidas por colágeno no local do sangramento.
Antes desse procedimento, Alencar fora submetido a uma arteriografia (radiografia das artérias) para identificação da origem do sangramento.
"Esperamos que o tumor pare de sangrar, o que vai dar uma condição melhor para o vice-presidente", afirmou Cutait. Segundo o médico, após a hemorragia grave que o levou ao hospital no dia 22, o vice-presidente continuava registrando pequenos sangramentos no intestino, que começaram a prejudicar suas condições clínicas e motivaram os novos procedimentos.
"A gente precisa aguardar para ver se realmente para de sangrar, se não aparece nenhuma complicação decorrente do processo, mas, de um modo geral, posso dizer que a proposta desejada foi concretizada", afirmou Cutait.
O médico radiologista intervencionista Francisco Carnevale, responsável pelo procedimento cirúrgico e que também integra a equipe que atende o vice-presidente, disse não ser possível garantir que os sangramentos estejam totalmente contidos. "É um momento delicado. Temos que avaliar pelo menos 48 a 72 horas da evolução", disse Carnevalle.
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