domingo, 2 de janeiro de 2011

Richa assume e anuncia “forte ajuste fiscal”


Ao tomar posse na manhã de ontem, o novo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), garantiu que as despesas de custeio de todas as secretarias de estado terão de ser cortadas em, no mínimo, 15%, conforme determinação já repassada aos titulares das pastas. Exceção feita nas áreas da saúde, educação e segurança pública, consideradas prioritárias pelo novo governo e que, portanto, não serão afetadas pela medida.
Em seu primeiro pronunciamento, Beto afirmou que irá promover “um forte ajuste fiscal”, garantindo, entretanto, que isso não implicará aumento da carga tributária. “Não haverá aumento de impostos. O governo é quem irá apertar o cinto para não penalizar ainda mais a população que está precisando de investimentos e serviços públicos de melhor qualidade”, disse o governador.

Richa deu um prazo de 180 dias aos novos secretários para que cada um atinja a sua meta e condicionou o ajuste ao sucesso da primeira fase de seu mandato. “Ou damos este choque de gestão ou não conseguiremos realizar tudo aquilo que nós prometemos na campanha e pretendemos fazer no Paraná”, afirmou.
O prazo para a implementação eficaz do ajuste é o primeiro semestre do governo, segundo o novo chefe da Casa Civil, Durval Amaral (DEM). Ele afirmou que o ajuste se dará em duas frentes. “Serão firmados contratos de gestão com o compromisso de cada secretário para a redução dos gastos exigidos pelo governador e será aumentado o controle dos processos de arrecadação de impostos para evitar sonegações”, disse Amaral.
Segundo o secretário de Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, este modelo de ajuste fiscal é semelhante ao que foi programado na Prefeitura de Curitiba quando Beto Richa assumiu o mandato em 2005. “Serão cortados gastos com reprografia, energia elétrica e telefonia, entre outros gastos de expediente. Além disso, a equipe de transição do novo governo percebeu que existe possibilidade de aumentar a capacidade de arrecadação através do controle da cobrança de impostos.”
Sebastiani avalia que, a partir do cálculo preliminar feito pela equipe de transição do novo governo, se as metas dos contratos de gestão dos novos secretários forem cumpridas, o governo deve economizar um volume de recursos que pode chegar em R$ 480 milhões em 2011.
O novo secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, afirma que somente após o ajuste “a casa estará colocada em ordem” e o novo governo poderá imprimir a sua cara à administração do estado. “Faremos um corte geral de despesas correntes. Depois serão feitas uma reavaliação de tudo e uma revisão completa das contas do governo”, disse. Gazeta do Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

adeus porto de paranagua...sete