Sinal disso foi o aumento repentino do movimento no Fórum Eleitoral de Maringá. "Tem gente se apresentando para trocar de partido ou para confirmar se estão mesmo filiados", explica a chefe de cartório Elaine Berbete.
Historiador político da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Reginaldo Dias explica que os partidos mais competitivos tendem a seguir na garimpagem por líderes da sociedade - sem filiação ou descontentes com os atuais legendas - até o último momento.
Em tese, todos os partidos vão trabalhar para concorrer com o quadro completo de vereadores. Com 15 cadeiras em disputa na Câmara, cada partido poderá lançar 23 candidatos. Coligações proporcionais podem ter até trinta candidatos, com o mínimo de 30% de mulheres.
Prefeituráveis
Parte do sucesso dos candidatos a prefeito dependerá do time de vereadores. Em 2008, lembra Reginaldo, os vereadores das cinco coligações proporcionais ligadas ao prefeito Sílvio Barros (PP), reeleito naquele ano, somaram 85 mil votos. Já os candidatos a vereador ligados a Ênio Verri (PT) somaram 33 mil votos.
Na garimpagem por candidatos em potencial, esclarece Reginaldo, os líderes partidários costumam anunciar os virtuais candidatos a prefeito como estratégia para conquistar filiações. "A menos que o partido seja ideológico, se o candidato a prefeito não for muito viável há uma fuga dos candidatos a vereador", explica.
Oficialmente, apenas dois partidos anunciaram pré-candidaturas à prefeitura. Desde março, o PT trabalha o nome de Verri. Recentemente, o vice-prefeito Carlos Roberto Pupin deixou o PDT para ingressar no PP, confirmando a posição de "sucessor natural" de Sílvio Barros.
Indefinição
Outros partidos anunciaram a intenção de candidatura própria, porém, sem definir os nomes. Nessa lista está o PSDB, que no início de julho anunciou cinco nomes como possíveis candidatos: o deputado estadual Evandro Júnior, o deputado federal Luiz Nishimori, os vereadores Flávio Vicente e Márcia Socreppa e o presidente do diretório municipal, Wilson Matos.
A possibilidade de amplas coligações barram o anúncio formal de candidaturas dadas como certas. Um exemplo é o secretário de Estado de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro (PSB), que busca o apoio do governador Beto Richa (PSDB) em torno do nome dele.
Dois partidos dependem do encerramento do prazo de filiações para anunciar os pré-candidatos. O DEM quer manter no quadro da legenda a presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araújo, que recebeu propostas do PSDB e do PMDB. O presidente da diretoria provisória do recém-criado PSD, Divanir Braz Palma, garante que o partido terá candidato próprio. O nome virá de uma das novas filiações.
- Luiz Fernando Cardoso
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