quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cadeirinha será obrigatória em 15 dias

Quem ainda não comprou os equipamentos de segurança adequados para transporte de crianças deve ficar atento para o prazo estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que começa a valer no dia 1.º de setembro e não deve ser ampliado, segundo a assessoria de im­­prensa do órgão. A Resolução n.º 277, de 2008, estabelece regras para que a criança, de zero a 7 anos e meio, seja transportada apenas em cadeirinhas, assento de elevação ou bebê conforto, dependendo da idade. A norma, que deveria ter começado a valer em junho, foi estendida na época pela falta do produto no mercado. A multa para quem não usar os aparelhos adequados é de R$ 191,54 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Após os 7 anos e meio até os 10 anos, a criança deve ser transportada no banco traseiro, com cinto de segurança.
As normas estabelecidas para o uso da cadeirinha não são aplicáveis em veículos do transporte coletivo, de aluguel, táxis e veículos escolares. Ainda de acordo com a resolução do Contran, há exceção para veículos que tenham somente banco dianteiro. Os pais, neste caso, podem fazer o transporte, desde que tenham os equipamentos de retenção adequados.
Em Curitiba, as lojas e representantes não estão mais so­­frendo com a falta do produto para o varejo. O representante da Galzerano na capital, Edvino Paulo Jamielniak, conta que a marca está conseguindo atender os pedidos normalmente. O único produto que a fábrica tem dificuldade maior para ofertar são os assentos de elevação – o booster (indicado para crianças com mais de 4 anos). “A entrega é um pouco menor, não chega para atender toda a demanda”, diz o representante. A gerente da Xiquita Megastore Batel, Lisma­rie Gribner, conta que não há falta em nenhum modelo de cadeiras, apenas em marcas específicas. “Alguns clientes querem uma marca específica que não tem na hora, mas a maioria acaba comprando uma semelhante.” Em ju­­nho, a fila de espera para conseguir um equipamento de re­­tenção chegou a 12 pessoas por vendedor da loja.
Na Baby Dreams, a espera so­­mente ocorre quando o cliente procura um produto com preço mais acessível. “Pela pressa, a maioria acaba levando o que tem na hora. Mas procuramos ter um bom estoque para atender”, diz a gerente Vânia Dias Morel, que acredita que os pais vão acabar deixando para os últimos dias, o que pode levar a novas faltas nas lojas. “Alguns não se preocupam em ver isso logo e vão atrás apenas na última hora.” Na Den­guinho Enxoval, segundo a gerente Aparecida Marta Weber Negrão, a procura continuou mesmo após a grande demanda no mês de junho. “Quase todos os dias temos pelo menos uma venda deste tipo de produto.”

Gazeta do Povo

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