Luiz Antônio França, presidente da Abecip, diz que o setor tem crescido porque hoje os consumidores têm mais renda, mais emprego, e as perspectivas de crescimento da economia são boas. A segurança jurídica dos financiamentos também animou as construtoras a se voltarem à classe média.
- Nossos estudos mostram que de dois a três anos teremos problemas de captação para o crédito imobiliário, não porque a poupança vai secar, mas porque a demanda será maior que a captação.
Poupança e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) são as modalidades mais usadas atualmente para emprestar dinheiro aos compradores.
Nas previsões do economista José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a classe C vai precisar de 1,489 milhão de unidades nos próximos seis anos. Ele descarta uma bolha no mercado, mas reconhece que o setor está bem aquecido.
- A demanda vai continuar crescendo daqui pra frente. Como ficamos 20 anos parados no mercado, hoje a procura por imóveis é muito intensa. Não vejo uma bolha, mas vão faltar recursos.
Pelas estimativas do economista, a demanda imobiliária média entre 2010 e 2016 será mais intensa na classe média, mas crescerá também nas classes A e B. Barros estima que as duas camadas sociais precisem de 50 mil e 178 mil unidades, respectivamente, além do que é produzido hoje.
A ascensão social da baixa renda fará com que a demanda das classes D e E diminua: serão necessárias 348 mil unidades a menos do que é feito atualmente.
Segundo os números mais recentes divulgados pelo Ministério da Fazenda, a classe média deve passar das 113 milhões de pessoas até 2014.
r7
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