Sérgio Ricardo Ricieri, sobrinho de Célia e marido de Simoni, afirma não estar culpando ninguém pela morte dela, no entanto exige esclarecimentos. Segundo ele, faltou respeito por parte dos responsáveis pelo laboratório, que não procuraram nenhum membro da família para explicar o caso. "Fomos na segunda-feira (20) até o laboratório pedir informações. Eles alegaram que não aplicaram nada na minha tia, que, segundo eles, passou mal e morreu. Mas foram informações desencontradas, o médico responsável falou uma coisa e o técnico falou outra".
Célia foi sepultada na manhã de domingo (19) no Cemitério Municipal de Marialva. Ricieri explicou que, por ser feriado prolongado, a maioria da família estava viajando e por isso só ficou sabendo depois dos possíveis problemas ocorridos dentro do laboratório. Um dos parentes dela autorizou o sepultamento sem a realização de autópsia. "Minha tia cuidava da minha avó, que tem 93 anos. O parente que autorizou o sepultamento ficou apavorado porque disseram que demorariam três dias para se fazer a autópsia e mais dois dias para liberar o corpo", contou Ricieri.
A polícia vai investigar o caso e poderá pedir esclarecimentos dos diretores e funcionários do laboratório, além de familiares e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Hospital Santa Rita.
Foi parada cardíaca, segundo o laboratório
A reportagem ainda não obteve acesso aos laudos médicos do Samu, que socorreu Célia dentro do laboratório e a encaminhou ao Hospital Santa Rita. Segundo a assessoria, o hospital não tem autorização para repassar informações referentes aos laudos médicos e ao atestado de óbito da paciente para a imprensa.
A respeito do caso, o Laboratório São Camilo se pronunciou através da advogada da empresa, Ana Cláudia Bandeira. Segundo ela, a cliente Célia Aparecida Ricieri sofreu uma parada cardíaca no meio da tomografia, ainda antes de ter sido aplicado o contraste não-iônico, produto ao qual era alérgica, segundo familiares.
A advogada contou que os procedimentos iniciais do exame foram feitos. Célia teria tomado um medicamente via oral misturado com água e aguardou por uma hora. Por volta das 11h, entrou na sala de tomografia e tomou um antialérgico chamado Fenergan, já que, segundo ela, a equipe que a atendia tinha conhecimento da sua alergia. Já deitada, o médico João Marcelo Falavigna, especialista em radiologia e diretor do laboratório, teria iniciado o exame, juntamente com o técnico em radiologia Rafael (a advogada só citou o primeiro nome dele), sem aplicar o contraste não-iônico.
"No meio do exame, Célia começou a passar mal, disse que não estava bem e o dr. interrompeu o procedimento antes de aplicar o contraste não-iônico. Foi quando ela sofreu uma parada cardíaca. Médicos tentaram reanimá-la e seguiram todos os procedimentos recomendados em casos de emergência. Quando foi encaminhado ao Samu, estava inconsciente, mas com saturação e pulso; com sinais vitais presentes. O que ocorreu com ela depois que saiu do laboratório nós não podemos mais responder", disse Ana.
Laboratório São Camilo emite nota de esclarecimento
"Vimos por meio desta esclarecer o atendimento prestado a paciente C.R., encaminhada pela sua médica assistente para realização de tomografia computadorizada do abdome, com contraste não iônico, na data de 18/02/2012. A paciente chegou ao setor de imagem, foi recebida pela equipe de enfermagem, dando início ao preparo pré-exame. Acompanhada pela equipe, ingeriu o preparo oral, conforme rotina e, após foi encaminhada para a sala de exame. Antes de dar início ao exame, o médico radiologista assistente se dirigiu até a paciente para saber o seu grau de alergia. Com a autorização da paciente, foi prescrito e administrado um medicamento antialérgico intravenoso. A paciente foi posicionada no aparelho, feito radiografia panorâmica digital para marcação da tomografia, porém, antes de dar início ao exame propriamente dito, sem que tenha utilizado o contraste não iônico, a mesma relatou que não estava bem. Prontamente foi interrompido o exame. Retirada a paciente do aparelho e ao ser examinada pelo médico radiologista, que estava ao seu lado, também na presença do técnico de radiologia e da enfermeira, fez uma parada cardiorespiratória. Iniciada imediatamente as manobras de reanimação e comunicado o serviço de emergência SAMU. Revertida a parada. Ao chegar a ambulância do SAMU foi realizado pela médica socorrista um eletrocardiograma ainda no laboratório onde constatou-se a presença de batimentos cardíacos. A paciente foi encaminhada ao Hospital. O atendimento médico seguiu o Protocolo de Emergência".Wilame Prado
Célia foi sepultada na manhã de domingo (19) no Cemitério Municipal de Marialva. Ricieri explicou que, por ser feriado prolongado, a maioria da família estava viajando e por isso só ficou sabendo depois dos possíveis problemas ocorridos dentro do laboratório. Um dos parentes dela autorizou o sepultamento sem a realização de autópsia. "Minha tia cuidava da minha avó, que tem 93 anos. O parente que autorizou o sepultamento ficou apavorado porque disseram que demorariam três dias para se fazer a autópsia e mais dois dias para liberar o corpo", contou Ricieri.
A polícia vai investigar o caso e poderá pedir esclarecimentos dos diretores e funcionários do laboratório, além de familiares e profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Hospital Santa Rita.
Foi parada cardíaca, segundo o laboratório
A reportagem ainda não obteve acesso aos laudos médicos do Samu, que socorreu Célia dentro do laboratório e a encaminhou ao Hospital Santa Rita. Segundo a assessoria, o hospital não tem autorização para repassar informações referentes aos laudos médicos e ao atestado de óbito da paciente para a imprensa.
A respeito do caso, o Laboratório São Camilo se pronunciou através da advogada da empresa, Ana Cláudia Bandeira. Segundo ela, a cliente Célia Aparecida Ricieri sofreu uma parada cardíaca no meio da tomografia, ainda antes de ter sido aplicado o contraste não-iônico, produto ao qual era alérgica, segundo familiares.
A advogada contou que os procedimentos iniciais do exame foram feitos. Célia teria tomado um medicamente via oral misturado com água e aguardou por uma hora. Por volta das 11h, entrou na sala de tomografia e tomou um antialérgico chamado Fenergan, já que, segundo ela, a equipe que a atendia tinha conhecimento da sua alergia. Já deitada, o médico João Marcelo Falavigna, especialista em radiologia e diretor do laboratório, teria iniciado o exame, juntamente com o técnico em radiologia Rafael (a advogada só citou o primeiro nome dele), sem aplicar o contraste não-iônico.
"No meio do exame, Célia começou a passar mal, disse que não estava bem e o dr. interrompeu o procedimento antes de aplicar o contraste não-iônico. Foi quando ela sofreu uma parada cardíaca. Médicos tentaram reanimá-la e seguiram todos os procedimentos recomendados em casos de emergência. Quando foi encaminhado ao Samu, estava inconsciente, mas com saturação e pulso; com sinais vitais presentes. O que ocorreu com ela depois que saiu do laboratório nós não podemos mais responder", disse Ana.
Laboratório São Camilo emite nota de esclarecimento
"Vimos por meio desta esclarecer o atendimento prestado a paciente C.R., encaminhada pela sua médica assistente para realização de tomografia computadorizada do abdome, com contraste não iônico, na data de 18/02/2012. A paciente chegou ao setor de imagem, foi recebida pela equipe de enfermagem, dando início ao preparo pré-exame. Acompanhada pela equipe, ingeriu o preparo oral, conforme rotina e, após foi encaminhada para a sala de exame. Antes de dar início ao exame, o médico radiologista assistente se dirigiu até a paciente para saber o seu grau de alergia. Com a autorização da paciente, foi prescrito e administrado um medicamento antialérgico intravenoso. A paciente foi posicionada no aparelho, feito radiografia panorâmica digital para marcação da tomografia, porém, antes de dar início ao exame propriamente dito, sem que tenha utilizado o contraste não iônico, a mesma relatou que não estava bem. Prontamente foi interrompido o exame. Retirada a paciente do aparelho e ao ser examinada pelo médico radiologista, que estava ao seu lado, também na presença do técnico de radiologia e da enfermeira, fez uma parada cardiorespiratória. Iniciada imediatamente as manobras de reanimação e comunicado o serviço de emergência SAMU. Revertida a parada. Ao chegar a ambulância do SAMU foi realizado pela médica socorrista um eletrocardiograma ainda no laboratório onde constatou-se a presença de batimentos cardíacos. A paciente foi encaminhada ao Hospital. O atendimento médico seguiu o Protocolo de Emergência".Wilame Prado
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