sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Família de bebê sequestrado processará maternidade


Pai do recém-nascido raptado por falsa enfermeira afirmou que caso não “pode passar impune”. Bebê e mãe receberam alta hospitalar na manhã desta sexta.

A família do pequeno Nicolas, sequestrado na Maternidade do Hospital da Providência em Apucarana na quarta-feira (11), informou que entrará com uma ação na Justiça contra o hospital. De acordo com o pai do bebê, Linconl Fernandes, o fato não “pode passar impune”. O recém-nascido foi encontrado quase 20 horas depois em Cambé.

“Não vai ficar barato. Ele voltou, mas e se não voltasse? Meu advogado disse que aguardará o relato de mais algumas testemunhas e depois entrará com uma ação de indenização. Nossa família ficou muito abalada com tudo o que aconteceu”, disse.
Na manhã desta sexta-feira (13), o bebê e a mãe, Thais Braga da Silva Henriques, receberam alta e, finalmente, foram para casa. Para o pai da criança, foi o fim de um “pesadelo”. “Graças a Deus estamos indo para casa. Deus cuidou muito bem do Nicolas. Tinha certeza de que ele voltaria e voltou rápido”, disse. De acordo com ele, o recém-nascido está bem e foi liberado depois de passar a noite em observação.



A prisão

O bebê foi sequestrado pela auxiliar de enfermagem Marlene Maria de Lima, 40 anos, com a ajuda da filha dela, de 16 anos, também detida. Elas estavam escondidas na casa de parentes em Cambé. Marlene é mora em Mauá da Serra, Centro do estado. Para a polícia, ela disse que planejou o roubo para dar o recém-nascido à filha. A adolescente pretendia manter um namoro, alegando estar grávida.


O menino foi levado por Marlene, que se apresentou como enfermeira, por volta das 20h da quarta-feira. Para pegar a criança, ela alegou que faria o teste do pezinho no recém-nascido. A mãe da criança estranhou a demora do exame e foi conversar com as enfermeiras, que disseram não ter nenhum exame agendado. A mulher ficou no quarto, onde havia mais três recém-nascidos, por quase uma hora. Ela teria tentado levar outra criança, mas a mãe teria impedido.


Segundo o delegado Gabriel Junqueira, Marlene disse, em depoimento, que entrou e saiu do hospital normalmente. Ao ser questionado algum funcionário da maternidade poderia ter participado do sequestro, ele disse acreditar que não. Contudo, voltou a reafirmar que houve negligência dos profissionais.


A mulher foi autuada em flagrante por sequestro. De acordo com o delegado, a filha dela já foi apresentada à Vara da Infância, que determinou o internamento provisório.


Hospital


A direção do Hospital negou que houve negligência da unidade no fato. Ela alega que a mulher entrou no hospital em horário de visitas e os profissionais que estavam de plantão a confundiram com uma acompanhante. O hospital informou que está dando todo o apoio para a família e está investigando como a falsa enfermeira teria conseguido sair sem ser vista.


O prédio tem duas portas de acesso, separadas a uma distância aproximada de 10 metros: a entrada principal e uma porta que dá para uma pequena garagem a. Neste local, segundo o hospital, há uma câmera de segurança que não registrou nada. O funcionário responsável pela segurança do hospital não teria visto a mulher deixar o local com o bebê.
 
Gazeta do Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

neste caso as duas merecem ficar na cadeia no mínimo 30 anos, após todos descontos e abrandamentos de pena esse seria realmente o tempo mínimo que deveriam ficar na cadeia, isto é muito grave imaginem o traume que vive o pai e mãe de uma criança desaparecida coloquemo-nos no lugar de quem sofre esse drama é justo que os responsáveis paguem muito caro pelo que fizeram