A Globo divulgou uma nota sobre as entrevistas com os três principais presidenciáveis, levadas ao ar no “Jornal Nacional”.
No texto, a emissora contesta as acusações de que teria dispensado tratamento diferenciado aos candidatos.
Lula queixara-se, em comício, da falta de “gentileza” de William Bonner na entrevista com Dilma Rousseff.
Roberto Jefferson, presidente do PTB, anotara no twitter raciocínio oposto sobre a inquirição de José Serra:
“William Bonner e Fátima Bernardes facilitaram para o meu candidato. Foram mais amenos com ele”.
Em sua nota, a Globo refere-se às criticas de forma genérica, sem nominar os autores. Num trecho, escreve:
“A candidata do PT, Dilma Rousseff, disse à equipe do ‘Jornal Nacional’, depois da entrevista, que se sentiu muito bem tratada e que a entrevista foi como deveria ter sido..."
"...Marina Silva e José Serra também fizeram comentários semelhantes”.
Anota que, "desde 2002, as entrevistas têm o mesmo tom, com todos os candidatos”.
Na série de 2010, diz o texto, “houve equilíbrio” até nas queixas da militância partidária do PT, PV e PSDB.
E arremata: “O papel do jornalismo da TV Globo não é agradar a partidos nem a candidatos, sejam quais forem, mas tentar esclarecer questões importantes para que os eleitores possam decidir melhor".
Vai abaixo a íntegra da manifestação da Globo:
"Desde 2002, as entrevistas têm o mesmo tom, com todos os candidatos. Neste ano, não foi diferente. Basta comparar as entrevistas dos três candidatos, pergunta por pergunta, para perceber que tiverem o mesmo grau de dificuldade.
Apesar disso, militantes do PT reclamaram da entrevista de Dilma, militantes do PV reclamaram da entrevista de Marina e militantes do PSDB reclamaram da entrevista de Serra. Até nisso, houve equilíbrio.
A candidata do PT Dilma Rousseff disse à equipe do "Jornal Nacional", depois da entrevista, que se sentiu muito bem tratada e que a entrevista foi como deveria ter sido. Marina Silva e José Serra também fizeram comentários semelhantes.
O papel do jornalismo da TV Globo não é agradar a partidos nem a candidatos, sejam quais forem, mas tentar esclarecer questões importantes para que os eleitores possam decidir melhor".
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