quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Médicos residentes de Maringá cruzam os braços nesta sexta


Ao todo, 34 médicos residentes devem entrar em greve. Apesar da paralisação, serviços essenciais não devem ser afetados

Os 34 médicos residentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram aderir à greve nacional da classe, que começou nesta terça-feira (13), em hospitais de pelo menos 15 estados brasileiros. A decisão dos residentes maringaenses foi tomada na manhã desta terça, durante uma reunião do grupo. Apesar da paralisação, os atendimentos de urgência e emergência não devem ser afetados no Hospital Universitário (HU).
“Este é um movimento nacional e que busca forçar o governo a olhar com o carinho nossas reivindicações. Mas mesmo com a greve, não haverá abandono dos serviços essenciais e contaremos com contingente necessário para o atendimento”, explicou o representante dos residentes, Dangelo Odair Viel.A garantia também foi dada pelo secretário da Comissão de Residência Médica (Coreme), Edgar dos Reis. “O trabalho não vai ser prejudicado. Os residentes farão um rodízio para prestar o atendimento à população”, afirmou.
Segundo a secretaria do HU, o pronto-socorro do local conta atualmente com 89 médicos (além dos residentes) que atendem cinco especialidades: cirurgia, ortopedia, ginecologia, clínica médica e pediatria.
Paralisação pode se extender para a próxima semana
De acordo com o representante dos residentes, Dangelo Odair Viel, o grupo ainda não definiu se a paralisação em Maringá será mantida na próxima semana. “A paralisação nacional é por tempo indeterminado. Mas a situação aqui será discutidoa na próxima sexta-feira”.
A principal reivindicação da categoria é o aumento da bolsa-auxílio para R$ 2.658,11. “Esse valor é o mesmo dos outros programas de mestrado e doutorado da UEM, mas a nossa carga horária é maior, de 60 horas semanais”, explicou Viel. “Sabemos, inclusive, que alguns médicos residentes ultrapassam essa jornada semanal em hospitais pelo país afora.”
A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) reivindica, também, a definição de uma database no dia 1º de setembro, licença maternidade de 180 dias para as mulheres, além de gratificações pelos riscos e condições da profissão, como insalubridade, seguro-saúde e adicional noturno.
Gazeta do Povo

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