quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Índice de homicídios entre adolescentes cresce em Maringá

Os riscos de morte violenta contra jovens de 12 a 18 anos cresceu em Maringá. Foi o que apontou o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 2007, divulgado nesta quarta-feira (8). O município apresenta um índice de 0,73 adolescentes mortos para cada grupo de mil, 13ª cidade mais violenta do estado dentre os 16 municípios com mais de cem mil habitantes.
Na pesquisa referente a 2006 (revelada no ano passado), a cidade apresentava o menor risco de morte violenta contra adolescentes no estado, com uma média de 0,31 mortes para cada grupo de mil mortes.

Apesar da elevação, o município apresenta um índice índice inferior à média nacional, 2,67. Foz do Iguaçu, que lidera o ranking brasileiro de homicídios entre adolescentes, tem 11,7 mortes para cada mil jovens.
27 adolescentes devem ser assassinados até 2013
O estudo apresentado nesta quarta-feira projetou que 27 adolescentes serão mortos em Maringá no período entre 2007 e 2013, ou seja, 499 casos a menos do que em Foz. O índice só é maior que Apucarana (21), Guarapuava (15), Paranaguá (14) e Araucária (7).
Além de Foz do Iguaçu, 19 municípios com mais de 200 mil habitantes estão entre os que apresentavam maior mortalidade de jovens em 2007: quatro de Minas Gerais (Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, Betim e Contagem); quatro do Espírito Santo (Cariacica, Vila Velha, Serra e Vitória); quatro de Pernambuco (Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes); três do Rio de Janeiro (Duque de Caxias, São Gonçalo, Itaboari); dois de Alagoas (Maceió e Arapiraca); um do Maranhão (Imperatriz); e um da Bahia (Itabuna).
Entre as capitais, Recife (PE) lidera as estimativas com um índice de 7,3 mortes para cada grupo de mil adolescentes. Os dados foram calculados pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e divulgados pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas.
Segundo a coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens, Raquel Willadino, é preciso mais programas de prevenção. "Nossas estimativas valem para sete anos. Se esses números se mantiverem nos próximos anos, cerca de 33 mil vidas de adolescentes serão perdidas. Por isso, precisamos de mais programas de prevenção", afirmou.
Gazeta do Povo

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