sábado, 18 de dezembro de 2010

Novo museu de Maringá vai unir história, tecnologia e interatividade


O Museu Histórico de Maringá, localizado no Centro Universitário de Maringá (Cesumar), já começou a receber os objetos e os documentos que vão compor o acervo. O museu, que será aberto ao público em fevereiro, promete aliar história, tecnologia e interatividade.

De acordo com a professora Lóide Caetano, coordenadora do projeto de implantação do museu, o empreendimento está dividido em três segmentos, sendo que o primeiro deles trará a inovação da interatividade tecnológica. A inspiração veio do Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo, onde o público pode interagir com projeções e imagens virtuais. “Tenho viajado e essa é uma tendência nos museus: misturar a história com a tecnologia”, disse.

Nesse segmento, a história da colonização da região será dividida por décadas, sendo que em cada sala o público terá acesso a recursos de comunicação disponíveis em cada época. “No percurso, o visitante vai acompanhar a história e, ao mesmo tempo, vai conhecer o desenvolvimento tecnológico”, explicou Lóide.

No mesmo local, haverá um anfiteatro com projeções em 3D e com cadeiras que vibram de acordo com as cenas que estão sendo exibidas. “Será possível fazer um passeio panorâmico por Maringá”, disse. Lóide conta ainda que um mezanino vai abrigar exposições temporárias e que a primeira delas trará fotos do pioneiro Kenji Ueta.

Casa dos Pioneiros

O segundo segmento é a Casa dos Pioneiros. A construção tenta repetir os costumes e arquitetura das moradias do início da colonização. O mais interessante é que a casa erguida nos terrenos do Cesumar era uma moradia de verdade, construída na década de 50 e que, até 2010, ficava na Zona 5.

Os alunos de arquitetura fizeram um verdadeiro trabalho de quebra-cabeça, numeraram as tábuas e transplantaram a residência de lugar. Tudo foi mantido como era. Até um fogão a lenha foi colocado na cozinha. Do lado de fora da casinha, estarão flores que eram comumente plantadas nos jardins das famílias pioneiras.

No interior da casa, serão colocadas as inúmeras doações de moradores da cidade, que já chegaram e continuam chegando. São fogões, chuveiros de lata, máquinas de escrever, máquinas de costurar, rádios, objetos pessoas e documentos, entre outros.

Destaca-se um caminhão fabricado em 1947, de propriedade da Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná, que era utilizado para distribuir água nas casas das famílias maringaenses, na década de 1950. O caminhão, com mais de 60 anos, foi cedido em comodato pela Companhia.

História do café

O terceiro segmento é Tulha, que vai contar a história do café na região. A madeira utilizada na construção também tem história, pois foi retirada de um antigo armazém da Companhia Melhoramentos, antes localizado na Avenida Mauá. A arquitetura empregada segue o estilo adotado na época. Uma fileira de café foi plantada no lado externo.

As três construções que vão compor o museu já estão em fase de acabamento. O projeto custou aproximadamente R$ 2 milhões.Gazeta do Povo

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