segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Operação da PF contra pedofilia prende duas pessoas

Cerca de 20 agentes da Polícia Federal (PF) de Londrina cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em três residências e um escritório da cidade na manhã desta segunda-feira (6). Duas pessoas foram presas em flagrante por crime de pedofilia. Os nomes dos presos não foram divulgados e serão mantidos em sigilo. A investigação, denominada de Operação Libras, é de cunho nacional. Os presos foram encaminhados para a Delegacia da PF em Londrina.
De acordo com o delegado Elvis Aparecido Secco, também foram apreendidos discos rígidos de computadores, DVDs, e pendrives com fotos e vídeos pornográficos. Um dos criminosos era advogado e o outro vendedor ambulante. A operação prendeu também uma pessoa na Bahia.

Segundo o delegado, o vendedor foi autuado pelo crime de produção de pornografia infantil, artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Ele tinha várias fotos onde aparecia fazendo sexo com crianças e adolescentes da cidade”, disse. A pena para este crime é de quatro a oito anos de reclusão. “O triste é ver que este cara estava usando crianças e adolescentes de bairros pobres da cidade. Há muitas crianças aqui fazendo sexo por R$10”, disse.
A operação teve início depois que a PF de Santa Catarina prendeu alguns suspeitos de pedofilia, em 2009. “Com as investigações, percebeu-se que o caso teria algumas ramificações em outros Estados”, disse. Comunicado, o escritório central da PF em Brasília acionou o Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e de Pornografia Infantil (Gecop), que elaborou as ações para todo País. Londrina seria a única cidade do Estado envolvida nesta operação. Foram feitas buscas também em Recife, Salvador e Caxias do Sul.
Secco informou que a transmissão de pornografia infantil pela internet não foi configurada. “Mas com a mudança na lei, só a posse deste material já é crime”, explicou. O advogado, que se enquadra neste caso, foi autuado pelo artigo 241-B do ECA cuja pena é de um a quatro anos de reclusão e multa. A prisão dele foi acompanhada por um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-LD).
O delegado disse que a PF não tem mais mandados para cumprir na cidade para a Operação Libras. Mas, de acordo com ele, isso não impede que, no curso das investigações, surjam outros envolvidos. “Vamos apurar tudo direitinho durante o inquérito”, afirmou.

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