sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Salário dos vereadores de Maringá volta à discussão com o fim do recesso

Os vereadores de Maringá retomam as atividades legislativas na próxima quinta-feira. E logo na primeira sessão de 2012 voltará à pauta um assunto polêmico, pendente desde o ano passado: o aumento em 90% dos salários dos eleitos para a próxima legislatura. O grupo de oposição na Câmara afirma que pretende recorrer até a Justiça para garantir que o tema volte a ser votado este ano.
Os vencimentos na ordem de R$ 12.000 por vereador - hoje são R$ 6.300 - foram aprovados em 2011 para começar a valer em 2013.

A pressão do eleitorado, grupos não-governamentais e redes sociais da internet, somada à proximidade das eleições tem surtido efeito. "Tem uma conversa nesse sentido", admite o presidente da Casa, Mário Hossokawa (PMDB), sem citar nomes.

Mesmo consciente da movimentação, Hossokawa mandou arquivar, este mês, a primeira proposta para retomar o assunto. O projeto foi assinado pelos vereadores Humberto Henrique (PT), Manoel Sobrinho (PCdoB), Mário Verri (PT) e Marly Martin (DEM). A decisão de arquivar a ideia foi amparada por um parecer jurídico da Câmara. "Na verdade, estava mais para um parecer político", critica Humberto Henrique.

Caso não haja acordo sobre a volta do tema à pauta, o petista promete entrar na Justiça, com pedido de mandado de segurança, para que o salário seja votado. "É uma providência que vamos tomar se não houver acordo", garante.

Segundo o parecer jurídico que chegou às mãos de Hossokawa, apenas a Comissão de Finanças da Câmara poderia propor uma nova mudança nos salários. A comissão é composta pelos vereadores Flávio Vicente (PSDB), João Alves Corrêa, o John (PMDB), e Paulo Soni (PSB). John tirou 120 dias de licença em 2011, enquanto Vicente e Soni não entraram em um acordo, deixando a bomba para o ano eleitoral.


Comissões

Na próxima semana, antes da primeira sessão ordinária do ano, os vereadores vão definir os membros das comissões para 2011. A decisão será por meio de votação caso não haja consenso. Como o tema "supersalário" em alta, as atenções estarão voltadas para os novos integrantes da Comissão de Finanças. "Acho que vão querer colocar quem não vai querer mexer no salário aprovado. Duro é saber quem vai topar assumir", avalia Henrique.

PROTESTO

Um movimento batizado de
$uper$alários não! Pretende
realizar um protesto durante
a primeira sessão da Câmara
no ano. Na próxima
terça-feira, o grupo vai se
reunir no bloco 125 da
Universidade Estadual de
Maringá (UEM) para discutir
como será a manifestação.
Outro tema em pauta é a
coleta de assinaturas para
elaborar um projeto de lei de
iniciativa popular contra o
aumento dos salários dos
vereadores
Consta que houve sondagens, mas os nomes para as comissões serão selados a partir da próxima segunda-feira. A tradição é que a bancada da oposição - formada pelos cinco nomes que constam do projeto arquivado este mês por Hossokawa - não ocupem qualquer uma das quatro comissões da Casa.
Além da Finanças e Orçamento, serão definidos os ocupantes das comissões de Constituição e Justiça, Políticas Gerais e Direitos Humanos e Cidadania. Cada uma delas tem três vereadores, que podem acumular funções - Zebrão (PP), por exemplo, preside hoje a Comissão de Constituição e Justiça e é membro da Comissão de Direitos Humanos.


O Diario



OUTROS TEMAS POLÊMICOS PARA O ANO

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