quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Sindicato quer agilizar denúncias contra postos de combustíveis

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis), que reúne 2.640 postos de abastecimento em todo o Estado, está realizando uma série de reuniões nas principais cidades do Paraná para discutir a questão das fraudes. A intenção, segundo o presidente Roberto Fregonese, que esteve ontem em Maringá, é encontrar formas de agilizar o encaminhamento de denúncias. "Temos que evitar que todo o setor seja colocado na vala comum, junto com estas quadrilhas", frisou. 
Segundo Fregonese, as empresas sérias, que trabalham na legalidade, têm encontrado dificuldades para sobreviver em um mercado onde a concorrência desleal prevalece. "Estes distúrbios são gerados pela sonegação fiscal em suas diversas formas, ou seja, compra e venda de combustíveis sem nota, meia nota, nota subfaturada, adulteração, e agora também essa nova modalidade, denunciada pela televisão", disse, referindo-se a denúncia feita pelo Fantástico, que mostrou postos de combustíveis usando sistemas eletrônicos para reduzir o volume de combustível que sai da bomba.
PREJUÍZO

R$ 150 mi
É o quanto estima-se que o
Estado deixa de arrecadar
com a sonegação do setor
O presidente lembra que a ideia é percorrer todo o Estado, envolvendo os empresários do setor na discussão de formas para combater as fraudes e agilizar o encaminhamento de denúncias. "Nossa dificuldade é separar quem trabalha legalmente, que é a maioria, destas quadrilhas. Neste caso, estamos contando com o importante apoio do Ministério Público, que já abriu quatro inquéritos para apurar responsabilidades."

Segundo dados do setor, apesar das mais variadas formas de fraudes, principalmente fiscais, a venda de combustíveis responde por mais de 20% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Paraná. "Por isso defendemos mais fiscalização por parte do governo, para inibir a evasão fiscal e outros tipos de fraudes. Além disso, o setor precisar dar mais atenção aos desvios de conduta, para evitar situações como a mostrada na televisão, onde uma minoria prejudicou todo mundo. O setor está indignado", revelou.

Fregonese frisou que o setor é "complicado", a margem de lucro é pequena, mas que isso não justifica atitude criminosas. "Precisamos dar a sensação de licitude para o setor, se não o consumidor, cada vez que para para abastecer, vai sempre estar desconfiado de que possa estar sendo roubado, e essa não é a realidade. A grande maioria é séria e não pode ficar a mercê de bandidos."
As reuniões já foram realizadas em Curitiba, Londrina e Maringá. Nos próximos dias vão ser promovidas em Cascavel e Foz do Iguaçu.Edmundo Pacheco

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