quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

45% das mortes acontecem nas 5 vias mais perigosas de Maringá

As cinco vias mais perigosas de Maringá foram responsáveis, ano passado, por 45% das mortes registradas no trânsito da cidade. Levantamento feito por O Diário com base no número de mortes ocorridas no perímetro urbano mostra que, em 2011, quadruplicou o número de vítimas no Contorno Sul e caiu quase dois terços o total de mortes na Colombo em relação ao ano anterior.
Em 2010, as avenidas Colombo, Morangueira, Brasil, Sinclair Sambatti (Contorno Sul) e Horácio Racanello concentraram 30% das mortes. 
Para o secretário municipal dos Transportes, Valdir Pignata, o grande problema continua sendo a falta de educação dos motoristas. 

"Os números do Contorno Sul são emblemáticos. Em 2010, a pista estava ruim, e as pessoas reclamavam que mal dava para transitar por lá. A prefeitura arrumou a pista, ficou bom para correr, e aí triplicaram as mortes. O que precisamos incutir na cabeça do motorista é que a pista está boa, mas não é para correr; é para transitar dentro do que determina a lei", disse Pignata.


Redução

Mas apesar da alta no número de vítimas no Contorno Sul, o resultado geral de 2011 foi inferior ao do ano anterior: 80, contra 104. E um dado que pode ter sido determinante para esta redução foi o aumento das multas emitidas no ano passado. Segundo dados da Secretaria Municipals dos Transportes, a aplicação de autuações cresceu 25% ano passado, saltando de 111,7 mil para 139 mil.
MULTAS EM 2011

Janeiro 9.150
Fevereiro 9.072
Março 10.882
Abril 9.678
Maio 10.899
Junho 10.627
Julho 9.878
Agosto 10.346
Setembro 13.832
Outubro 13.549
Novembro 15.070
Dezembro 16.070
"Se considerarmos o aumento na frota de Maringá, que ficou na casa de 7%, vemos que as multas aumentaram bastante, mas não houve significativo aumento de radares nem de agentes. É o livre arbítrio do motoristas. Nós sinalizamos onde estão os radares, mesmo quando colocamos os móveis. Todos sabem onde estão os equipamentos que detectam avanços de sinal, e mesmo os agentes são colocados nos locais mais perigosos. Aumentou o número de multas porque aumentaram as infrações", resumiu.

Apesar de o secretário garantir que não houve aumento na estrutura para aplicação de multas, chama a atenção o salto no total de emissões ocorrido na comparação entre janeiro e dezembro de 2011. No primeiro mês do ano passado foram aplicadas 9,1 mil multas. Em dezembro, 16 mil - diferença de 77%. E o destaque foram as autuações aplicadas por radares, que saltaram de 2,8 mil em janeiro para mais de 8 mil em dezembro. O crescimento foi de quase 200%.

"O ideal seria a gente não precisar fazer este trabalho incansável de aplicação de multas. O caminho é a conscientização, a educação, e é por isso que trabalhamos", frisa Pignata. Ele cita como exemplo a campanha educativa que a Setran colocou nas ruas, com palhaços espalhados pelos principais cruzamentos da cidade. 

"Essa é uma campanha que esperamos que vá mexer com todos: pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas, para que lá na frente tenhamos uma redução ainda maior no número de mortes. Nenhuma morte é desejável, mas se conseguirmos fechar 2012 na casa dos 60, será um número aceitável".
Edmundo Pacheco
AS CINCO MAIS - número de mortes

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