quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Morte dos 29 mineiros é 'tragédia nacional', diz premiê

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, afirmou nesta quarta-feira que a morte dos 29 mineiros presos na jazida de Atarau desde a última sexta é uma "tragédia nacional". Ele também anunciou que uma comissão deve investigar as causas do acidente. Os trabalhadores morreram nesta quarta-feira, após uma segunda explosão de gás metano na galeria onde estavam.

"Perder nossos irmãos foi um golpe duríssimo. Todos os neozelandeses se solidarizam com suas famílias. Somos uma nação em luto", declarou Key em discurso transmitido pelas emissoras de televisão. Ele assinalou que visitará a mina na próxima quinta-feira e que o país terá um dia de luto oficial, em que as bandeiras serão içadas a meio mastro e o Parlamento respeitará um minuto de silêncio em memória das vítimas.

O primeiro-ministro também disse que nas próximas semanas será estabelecida uma comissão independente para investigar as causas da primeira explosão de gás metano que, na última sexta-feira, causou o desabamento, prendendo os 29 trabalhadores da companhia Pike River na jazida de Atarau, na ilha do Sul.

As autoridades confirmaram a morte dos mineradores após uma segunda explosão no interior da galeria, nesta quarta-feira. "Não houve sobreviventes após uma nova e grande explosão sob a terra", anunciou o responsável policial das equipes de resgate, Gary Knowles. Ele informou que a explosão ocorreu às 14h37 do horário local (1h37 de Brasília). "O barulho foi impressionante, tão potente quanto o da primeira." 

Os trabalhos de resgate foram prejudicados desde o primeiro momento pela resistência das autoridades em permitir que as equipes descessem à mina pelo risco de gás tóxico, o que frustrou as famílias. Fracassou também a tentativa de que um robô articulado mostrasse o caminho aos socorristas. A partir agora, a operação de salvamento passou à fase de recuperação dos 29 corpos. 

O momento do anúncio da confirmação da morte dos mineiros foi de grande choque. Dezenas de parentes abandonaram a sala de imprensa onde a notícia foi dada. Conforme testemunhas, alguns tentaram agredir os policiais, já que eles não desceram ao poço para tentar salvar seus familiares. (inf: VEJA)

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