sábado, 17 de setembro de 2011
Arcebispo quer economia na Câmara mas gastará 1 milhão em iluminação da catedral
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O projeto foi desenvolvido pela Philips do Brasil, e esta orçado em 1 milhão de reais. O edital que selecionará a empresa executora segue em fase de finalização.
Diferente do que acontece em países da Europa ou nos Estados Unidos (países que serviram de referância para a escolha do tipo de iluminação), onde empreitadas faraônicas do tipo são custeadas pelas empresas ou entidades privadas que se beneficiam diretamente do investimento, a iluminação do templo católico será financiada pelo dinheiro do cidadão com a desculpa de que contribuirá para o turismo e comércio local.
O projeto é inoportuno e compromete ainda mais as relações de alguns padres com o arcebispo, que vem sendo acusado de mantêr uma política de opção preferencial pela elite e por se mostrar avesso à participação de minorias em espaços de decisão popular.
O arcebispo recebeu inúmeras críticas por adotar uma postura autoritária ao não consultar o restante dos líderes católicos antes de autorizar a distribuição dos adesivos confeccionados pela ACIM (Associação Comercial e Empresarial de Maringá) na festa de São Cristóvão, durante a bençaos dos carros.
Daria para fazer o quê?
Com base nos valores indicados no edital de concurso público para área de saúde realizado ainda este ano pela municipalidade, o dinheiro gasto com a iluminação do templo católico, investido no setor, pagaria o salário de 23 médicos durante 01 ano – isso considerando apenas a falta de pediatras e ortopedistas na saúde pública de Maringá, sem falar na limpeza pública nos bairros, segurança ou educação.
Imagem comprometida
A indisposição de boa parte do clero local com o prelado se deu depois da adesão de Dom Anuar à campanha pela manutenção de 15 vereadores, organizada pelas entidades empresariais e patronais e que vem sendo acusada de golpista e mentirosa por lideres comunitários, analistas políticos e pesquisadores da área.
Incoerente, o movimento encabeçado pela ACIM, CODEM (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá), Sociedade Rural, Sindicatos Patronais, Rotary e o Arcebispo, contratou dezenas de “militantes” à 30 reais/dia e veiculou campanha publicitária milionária em horário nobre em todos os veículos de comunicação da cidade, obtendo como resultado a manutenção de 15 representantes e um teto de 5% do orçamento municipal para a manutenção da casa de leis. A outra proposta pedia a adequação no número de vereadores com base na proporcionalidace representantes/número de habitantes, ou seja, 21 ou 23 edis, tendo como teto 3,5% do orçamento da cidade. Folha de Maringá
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