Pelo menos 25% dos cerca de 1.300 médicos de Maringá e região vão suspender o atendimento de planos de saúde amanhã. A paralisação é nacional por reajustes dos valores de consultas e procedimentos e afeta clínicas e consultórios. O atendimento nos hospitais não será prejudicado.
Os médicos reivindicam a revisão dos valores pagos por honorários, com o pagamento mínimo de R$ 80 por consulta. O valor médio pago por consulta no Brasil está em R$ 35, mas com os descontos do custo operacional de um consultório, calcula-se que um médico receba de R$ 3 a R$ 5 por consulta. Em Maringá, o valor de uma consulta varia de R$ 28 a R$ 60.
A paralisação de amanhã é um desdobramento do ato de 7 de abril. Na ocasião, 92% dos profissionais de Maringá e região – 22 municípios – fecharam os consultórios. No Paraná, a adesão foi de 85%.
Para amanhã, o diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Maringá, Natal Gianotto, espera adesão menor: entre 25% e 30%. "O movimento deve se concentrar nas capitais, onde os convênios que não negociaram com os médicos têm mais beneficiários."
Os médicos também querem que as operadoras não interfiram nos pedidos de exames e que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fiscalize os convênios.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Maringá, Sérgio Buchweitz, diz que nesse período não houve avanços nas negociações com as operadoras.
"Queremos que a negociação ande e que os valores de consultas e procedimentos sejam corrigidos e que o médico receba remuneração justa pelo seu trabalho. Vivemos uma relação de força desproporcional porque é o plano de saúde que diz quanto vale o meu trabalho. A nossa briga é pela valorização da profissão."
Para Gianotto, houve avanços. "Alguns convênios aceitaram negociar e houve mudanças no valor dos honorários."
Cada Estado definiu quais planos de saúde terão atendimento suspenso. No Paraná, associações e sindicatos decidiram pela paralisação do atendimento de todas as operadoras.
O CRM orienta ao paciente que tiver consulta agendada para quarta-feira que procure o médico para se informar se o atendimento será mantido. As cirurgias já marcadas serão feitas. "Nessa paralisação, cada médico ficou livre para decidir", diz o diretor regional do CRM.
"Se o consultório do médico não estiver funcionando, no hospital ele estará atendendo", avisa Gianotto.
Total
160.194 pessoas em Maringá têm planos de saúde, segundo dados de março da ANS
‘Já existia um planejamento’
Daoud Nasser >> presidente da Unimed Maringá
O Diário - Qual o posicionamento da Unimed em relação à paralisação?
A Unimed Maringá apoia as reivindicações dos médicos e está trabalhando para melhorar a remuneração dos cooperados da Unimed Maringá.
O Diário - Os médicos da Unimed vão aderir?
Essa é uma decisão pessoal de cada profissional.
O Diário - Depois da paralisaçãodo dia 7 de abril, houve negociação dos honorários médicos?
Já existia um planejamento de recuperação da defasagem existente na prestação dos serviços médicos mesmo antes do movimento nacional dos médicos.Carla Guedes
Os médicos reivindicam a revisão dos valores pagos por honorários, com o pagamento mínimo de R$ 80 por consulta. O valor médio pago por consulta no Brasil está em R$ 35, mas com os descontos do custo operacional de um consultório, calcula-se que um médico receba de R$ 3 a R$ 5 por consulta. Em Maringá, o valor de uma consulta varia de R$ 28 a R$ 60.
A paralisação de amanhã é um desdobramento do ato de 7 de abril. Na ocasião, 92% dos profissionais de Maringá e região – 22 municípios – fecharam os consultórios. No Paraná, a adesão foi de 85%.
Para amanhã, o diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Maringá, Natal Gianotto, espera adesão menor: entre 25% e 30%. "O movimento deve se concentrar nas capitais, onde os convênios que não negociaram com os médicos têm mais beneficiários."
Os médicos também querem que as operadoras não interfiram nos pedidos de exames e que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fiscalize os convênios.
O presidente do Sindicato dos Médicos de Maringá, Sérgio Buchweitz, diz que nesse período não houve avanços nas negociações com as operadoras.
"Queremos que a negociação ande e que os valores de consultas e procedimentos sejam corrigidos e que o médico receba remuneração justa pelo seu trabalho. Vivemos uma relação de força desproporcional porque é o plano de saúde que diz quanto vale o meu trabalho. A nossa briga é pela valorização da profissão."
Para Gianotto, houve avanços. "Alguns convênios aceitaram negociar e houve mudanças no valor dos honorários."
Cada Estado definiu quais planos de saúde terão atendimento suspenso. No Paraná, associações e sindicatos decidiram pela paralisação do atendimento de todas as operadoras.
O CRM orienta ao paciente que tiver consulta agendada para quarta-feira que procure o médico para se informar se o atendimento será mantido. As cirurgias já marcadas serão feitas. "Nessa paralisação, cada médico ficou livre para decidir", diz o diretor regional do CRM.
"Se o consultório do médico não estiver funcionando, no hospital ele estará atendendo", avisa Gianotto.
160.194 pessoas em Maringá têm planos de saúde, segundo dados de março da ANS
Daoud Nasser >> presidente da Unimed Maringá
O Diário - Qual o posicionamento da Unimed em relação à paralisação?
A Unimed Maringá apoia as reivindicações dos médicos e está trabalhando para melhorar a remuneração dos cooperados da Unimed Maringá.
O Diário - Os médicos da Unimed vão aderir?
Essa é uma decisão pessoal de cada profissional.
O Diário - Depois da paralisaçãodo dia 7 de abril, houve negociação dos honorários médicos?
Já existia um planejamento de recuperação da defasagem existente na prestação dos serviços médicos mesmo antes do movimento nacional dos médicos.Carla Guedes
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