Aderindo à manifestação nacional, cerca de 300 médicos de Maringá, que atendem a convênios de plano de saúde em clínicas e consultórios, suspenderão as atividades nesta quarta-feira (21) por 24 horas. Nos 22 municípios da região, 30% dos 1,3 mil profissionais devem cruzar os braços.
Segundo o diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Maringá, Natal Gianotto, casos de emergência, consultas de pessoas que vêm de outras cidades e cirurgias, foram mantidas. "Outros atendimentos foram transferidos. Essa foi a orientação que passamos, mas a decisão será de cada médico", afirma.
Reivindicações
Os médicos pedem pagamento mínimo de R$ 80 por consulta – o valor médio no Brasil está em R$ 35. Em Maringá, um médico recebe entre R$ 28 e R$ 60 por consulta.
O fim da interferência dos planos de saúde nos pedidos de exames também está na pauta de reivindicações. "Isso é muito importante, pois muitas vezes solicitamos exames e outros procedimentos, que os planos não liberam. É necessários termos essa liberdade para atender melhor o paciente", ressalta.
Eles também pedem a fixação de uma data, durante o ano, marcando o reajuste no valor pago aos médicos por consulta.
As entidades médicas nacionais estarão reunidas nesta quarta-feira com parlamentares, na Câmara dos Deputados. Na oportunidade, os médicos entregarão um dossiê da saúde suplementar e defenderão mudanças no setor.
Orientação
Cada Estado definiu quais planos de saúde terão atendimento suspenso. No Paraná, associações e sindicatos decidiram pela paralisação do atendimento de todas as operadoras.
O CRM orienta ao paciente que tiver consulta agendada para quarta-feira que procure o médico para se informar se o atendimento será mantido. "Se o consultório do médico não estiver funcionando, no hospital ele estará atendendo", avisa Gianotto.O Diario
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