O acidente aconteceu por volta das 9h30 quando o Fiat Tipo (JTF-1141), conduzido pelo jovem, trafegava pela Avenida Rebouças no sentido a Avenida Colombo. Testemunhas relataram à reportagem de O Diário que o condutor perdeu o controle da direção do veículo em frente a empresa Expresso Maringá, bateu em um Gol que estava estacionado no acostamento à direita, atravessou a pista e capotou sobre um Celta (placa AMY-1346), que também estava estacionado do outro lado da avenida.
Douglas Marçal
Foram necessários nove homens para desvirar o carro capotado
Marcelo Pereira do Nascimento, de 36 anos, testemunhou o acidente e confirmou que o carro não estava em alta velocidade. "Ele estava um pouco acima da velocidade permitida, mas não estava correndo", relatou. Nascimento contou ainda que, após o acidente, Rabone desfilou com uma bandeira do Palmeiras e fez graça para as equipes de TV que foram até o local fazer a cobertura do capotamento. "O rapaz disse ao repórter 'Eu bebi. Por que, você não bebê?'. Dentro do carro havia latinhas de cerveja", contou Nascimento. Essa informação não foi confirmada pela polícia.
O assistente de rastreamento, Fernando Barros, de 43 anos, foi outro que presenciou o acidente que danificou o seu Gol que estava estacionado na rua. O comportamento do rapaz também causou estranheza em Barros, que é deficiente físico e depende do carro para ir trabalhar. "Ele estava sob o efeito de alguma coisa", opinou.
A mãe da vítima, Elzília Rodrigues de Freitas, de 46 anos, estava trabalhando quando foi informada do acidente do filho. Em entrevista à reportagem, ela contou que o rapaz saiu de casa na noite de segunda-feira (3) para ir a casa de um amigo e não havia retornado até esta manhã. Segundo ela, o filho foi diagnosticado há alguns meses com um quadro depressivo e se recusou a iniciar um tratamento. Por conta dessa recusa, ele foi demitido da empresa de telefonia em que trabalhava.
Depois de cinco meses desempregado – período em que recebeu o seguro-desemprego -, Rabone começou a trabalhar recentemente como corretor de imóveis durante o dia e à noite como garçom em um restaurante da cidade. Mesmo de volta ao mercado de trabalho, Elzília diz que o filho continua se comportando de maneira estranha e é motivo de preocupação.
"Não defendo ele, mas sei que o problema dele é sério, ele precisa de tratamento, mas se recusa a tomar os medicamentos prescritos. Já perguntei a ele se ele é usuário de drogas, por causa de seu comportamento distante, mas ele negou", disse.
- Rosângela Gris com informações de Poliana Lisboa
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