sábado, 14 de janeiro de 2012

Projeto do Novo Centro Cívico de Maringá ficará pronto neste ano, diz Sílvio Barros

Divulgação PMM / Barros falou sobre revitalização da Avenida Brasil e construção de terminais urbanos para o transporte coletivo Barros falou sobre revitalização da Avenida Brasil e construção de terminais urbanos para o transporte coletivo Entrevista


Documento para atrair investidores deve ser lançado até o fim deste ano. Em entrevista, o prefeito Silvio Barros falou também da instalação de câmeras pela cidade, eleições e das promessas de campanha que ainda não cumpriu
A Prefeitura de Maringá deve lançar ainda este ano o projeto do Novo Centro Cívico, na região do antigo aeroporto. Segundo o prefeito Silvio Barros, a intenção é atrair investidores para a região, que deve ganhar uma avenida com prédios modernos e ecológicos. No primeiro semestre deste ano, deve começar a construção do prédio do Fórum, um dos primeiros passos do projeto.
Esse foi um dos assuntos tratados por Barros, durante entrevista à Gazeta Maringá. Além dela, ele falou sobre a polêmica da destinação do lixo, o projeto do Parque Industrial, as eleições 2012 e sobre a possibilidade de deixar o cargo antes mesmo de encerrar o ano.
O prefeito falou ainda das promessas de campanha que ainda não cumpriu, como a revitalização da Avenida Brasil e a construção de outros dois terminais urbanos para o transporte coletivo.
GAZETA MARINGÁ - Um assunto polêmico de 2011 em Maringá foi a destinação correta do lixo. O Município vai ter a instalação de uma empresa que vai transformar o lixo em energia?
SILVIO BARROS - Toda a polêmica gerada no ano passado foi por causa do projeto. É um projeto que estudamos durante sete anos e ainda está sendo debatido. Não é algo fácil de resolver. Entre as cidades brasileiras que têm a possibilidade de eliminar os resíduos, Maringá é uma delas. Nenhuma outra tem condição de trabalhar como pretendemos, que é com a conversão térmica do lixo, gerando energia. É um processo complexo que envolve várias etapas. O projeto continuará sendo debatido até que se possa aplicar a tecnologia na cidade de forma coerente. Penso que não conseguirei deixá-lo em funcionamento, porque não depende apenas de mim.
Temos um sério problema em Maringá de empresas que não encontram terrenos apropriados para se instalar. O projeto do Parque Industrial vai sair mesmo do papel neste ano?
Já saiu do papel. O parque industrial corresponde a mais ou menos 50% de todas as áreas industriais que Maringá tem hoje. Já estamos na fase final. Fizemos a aquisição de algumas áreas e estamos comprando outras complementares. Terminamos o projeto do sistema viário esta semana para iniciarmos a licitação das obras para a construção do sistema viário. Até o fim do ano teremos o parque instalado e com as empresas em condição de se estabelecerem aqui.
A cidade vai ganhar câmeras de monitoramento antes do fim de seu mandato?
Sim, com toda a certeza. Até junho já deveremos ter pelo menos 25 câmeras instaladas em diversos pontos da cidade, sendo dez no centro e 15 nos bairros. A partir daí, vamos continuar esse trabalho, aumentando o número de câmeras em pontos estratégicos da cidade. Sentimos que precisamos oferecer mais segurança para a população.
Quem vai administrar o serviço?
Essas câmeras serão monitoradas pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, que será construído ao lado do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, onde era o posto do Detran. Dali, todas as forças de segurança da cidade vão monitorar juntas as câmeras. Cada um vai atuar no que for relacionado à sua área.
Como será feita a revitalização da praça da Catedral, já que tem licitação para a obra prevista para o fim deste mês?
A revitalização será feita em três etapas. Eram duas originalmente, mas resolvemos colocar uma etapa intermediária por conta da encenação da Paixão de Cristo. A primeira etapa, que será licitada no fim deste mês, trata da área que fica entre o estacionamento da praça até a Avenida Tiradentes. É a etapa mais cara de todas, que vai custar perto de R$ 3 milhões. Vamos construir ali um ambiente de valorização do monumento. Tem muitas plantas ali que tiram a visibilidade da catedral. A segunda etapa será para a construção de um espaço para realização de eventos e na terceira etapa, a parte verde da praça.
Muito tem se falado nos últimos anos sobre o Novo Centro Cívico de Maringá, na região onde era o aeroporto. A prefeitura pretende lançar algum projeto para atrair investidores neste ano?
Até o final do ano deve começar a construção do novo Fórum de Maringá, na área onde será o Novo Centro Cívico. Com a construção já começa a se concretizar o projeto. Mas o projeto para atrair investidores está pronto e com toda a certeza ele será lançado neste ano. O local ficará muito bonito.
A Prefeitura de Maringá fechou o orçamento de 2011 com superávit ou déficit?
Tivemos um superávit de quase R$ 20 milhões. Arrecadamos quase R$ 10 milhões a mais do que em anos anteriores e gastamos R$ 10 milhões a menos do que o previsto.
Essa economia será investida onde inicialmente?
Temos diversos projetos para investir esse dinheiro, dentre os quais o da Catedral, que já está começando, e o do Parque Industrial. Mas tem muitos outros.
Neste ano teremos eleições para prefeito. Seu partido já possui um nome para lançar que é o seu vice, o Carlos Roberto Pupin. A família Barros pretende lançar alguém?
[Risos] Por lei não posso mais ter parentes de primeiro grau disputando as eleições. Teria de ser de segundo grau para baixo apenas.
Você pretende deixar o cargo antes de terminar o ano para assumir algum cargo no governo estadual?
Não recebi nenhum convite ainda. Se receber, posso analisar, mas quero muito terminar meu mandato. Penso que se por acaso acontecer algo nessa linha será em comum acordo com a população. Se for melhor para Maringá ocuparei sim algum cargo em Curitiba ou Brasília e deixarei a prefeitura antes do fim do ano. Mas meu desejo é terminar o mandato.
Uma de suas promessas de campanha foi fazer mudanças no transporte coletivo de Maringá, como a construção de terminais urbanos regionais nas regiões leste e oeste. Vai dar tempo de cumprir?
No projeto dos terminais leste e oeste efetivamente houve uma modificação do projeto. Uma consultoria de empresas especializadas estudou para entendemos que estamos em um estágio de fazer algo diferente. Vamos fazer a ampliação dos corredores e construir outros terminais que não sejam necessariamente o leste e oeste.
Mas existe um prazo para isso começar, já que foi prometido para o seu mandato?
Não, porque depende de aprovação do Banco Interamericano e é um processo bem longo e democrático. O especialista do banco já deu um parecer favorável e temos de esperar.
A construção de corredores e a revitalização da Avenida Brasil é outro projeto prometido que ainda não começou. Vai sair do papel neste ano?
Os corredores de ônibus devem começar a ser construídos agora em fevereiro, junto com a revitalização da Avenida Brasil. É um compromisso meu com a cidade e irei fazer. O projeto está pronto e prestes a começar. De fevereiro não deve passar.
E o contorno da UEM? Quando começa?
Essa obra deve sair muito rapidamente do papel. Estamos aguardando autorização da Assembleia Legislativa para desocupar os espaços que pertencem ao estado. Só podemos ocupar o terreno que pertence ao governo do Paraná com autorização da assembleia. A UEM já encaminhou o pedido para lá, mas a assembleia está em recesso. Temos de aguardar a resposta deles.
E o Parque do Ingá, prefeito? O senhor reinaugurou o parque ainda em obras. Quando o local ficará totalmente pronto para o público?
Provavelmente neste ano terminem todas as obras. No mês que vem queremos iniciar a operação dos equipamentos instalados no parque, como a tirolesa e a lanchonete.Gazeta do Povo

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