terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Empresário que matou porteiro deve se apresentar

O advogado Alcenir Antonio Baretta, de Maringá, compareceu na tarde de ontem à 9ª Subdivisão Policial (9ª SDP) para negociar a apresentação do empresário Marcelo Cruz Maiolino, 47 anos, suspeito de matar, no sábado passado, o porteiro do Condomínio Cristóvão Colombo, Lionil Gabriel Gomes, 48 anos.

A visita do advogado à delegacia ocorreu horas depois de o empresário ter a prisão temporária decretada pela Justiça. Barreta não quis adiantar horário ou data para apresentação do cliente, mas confirmou que ele tem o interesse em esclarecer o ocorrido. "Foi uma execução sumária, sem chance de defesa à vítima", afirmou ontem o superintendente da Polícia Civil, investigador Aécio Silveira.

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu por volta das 16 horas de sábado, cerca de 1 hora depois de o empresário Marcelo Maiolino render o taxista Valdenir Soncin Júnior, 20 anos, na Zona 7, para tentar descobrir o paradeiro de outro taxista, Anderson da Silva Gomes, com o qual teria uma desavença.

Aparentemente transtornado, Maiolino arrancou Júnior de dentro do táxi e exigiu que ele revelasse o paradeiro de Gomes. "Avisa pra ele (Gomes) que eu estou cansado e ele é um covarde. Eu vou dar um tiro no olho dele para não estragar o couro", teria dito o empresário, segundo relatos feitos à polícia.

Alertado do ocorrido, Gomes comentou o fato com o pai, o porteiro Lionil Gabriel Gomes, funcionário do condomínio onde Maiolino reside com a família. Depois de registrar queixa na 9ª SDP, Lionil decidiu retornar ao condomínio para conversar com Maiolino. No entanto, o empresário desceu do apartamento empunhando uma pistola calibre 7.65 e executou o porteiro com vários tiros. Maiolino foi visto fugindo a pé e desapareceu sem deixar pistas. 


Testemunha do crime, o porteiro Luis Carlos Tenerick, 54 anos, contou à polícia que não chegou a ocorrer discussão e que após Lionil cair, atingido pelo primeiro tiro, Maiolino teria se aproximado e efetuado outros três disparos contra a vítima. Ainda de acordo com o porteiro, o pai do empresário, Ítalo Maiolino, tentou impedir o crime, mas o suspeito ignorou os apelos e acionou o gatilho.

Moradores do condomínio, que não quiseram se identificar, contaram à Polícia Civil que Maiolino reclamava que a vítima o perseguia, mas observaram que o empresário era problemático e tinha mania de perseguição. Sobre a vítima, os moradores a definiram como uma pessoa muito tranquila e trabalhadora.O Diario

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