O Magazine Luiza (MGLU3) anunciou nesta segunda-feira acordo para aquisição das lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Sílvio Santos, por 83 milhões de reais, em uma operação que envolve 121 lojas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, além de 3 milhões de clientes que serão adicionados à base de cartões da rede de varejo.
O valor da operação considera "que as lojas não terão nenhuma dívida ou caixa a serem pagos integralmente na data de fechamento da transação", prevista para 31 de julho, afirma o Magazine Luiza em comunicado.
"Esta aquisição vem ao encontro dos objetivos estratégicos da companhia, reforçando sua presença nos mercados em que já atua... As lojas do Baú estão localizadas em pontos comerciais estratégicos, com foco na classe C, mesmo público-alvo das lojas do Magazine Luiza", afirma a varejista em comunicado.
A companhia informou que algumas unidades do Baú podem ser fechadas, vendidas, transferidas ou integradas a outras do Magazine Luiza para evitar sobreposição em determinadas cidades. Parte das unidades adquiridas, principalmente no Paraná, também deve ser convertida em lojas virtuais.
"Com essa aquisição, o Magazine Luiza aumenta sua área total de vendas em mais 46 mil metros quadrados, equivalentes a cerca de 11% da área de vendas atual", acrescenta o documento.
O Magazine Luiza espera integrar as lojas nos próximos seis meses, sendo que a aquisição ainda deverá ser aprovada em assembleia de acionistas.
Em 2010, as 121 lojas do Baú da Felicidade tiveram receita bruta de R$ 415 milhões, equivalente a R$ 9 mil por metro quadrado, enquanto as lojas físicas do Magazine Luiza faturaram R$ 14,2 mil por metro quadrado no período.
Em novembro do ano passado, a descoberta de inconsistências no balanço do banco Panamericano (BPNM4), também parte do Grupo Silvio Santos na época, levaram o empresário controlador a fazer um aporte de R$ 2,5 bilhões na intituição, desencadeando processo de venda de ativos do grupo. Em 31 de janeiro, o banco BTG Pactual anunciou a compra do controle do Panamericano por R$ 450 milhões de reais.
Na ocasião, as lojas do Baú da Felicidade despertaram interesse do bilionário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodomésticos Elektra e do Banco Azteca, e da MM Mercadomóveis, varejista da região Sul do país, mas nenhuma oferta chegou a ser apresentada.UOL
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