Região do estádio vira reduto de usuários de drogas

"Por volta das 15 horas eles já começam a aparecer por aqui. Estão sempre em grupo e ficam debaixo das árvores. Mais tarde, quando a loja já está fechada e continuamos trabalhando aqui dentro, escuto o barulho que eles fazem. É uma gritaria, ficam mexendo com as pessoas na feira e famílias que passam na rua", conta a atendente.

Rafael Silva

Jovens fumando na região do estádio; à noite,
problema para as famílias

Ela diz que a lojal ainda não foi assaltada, mas já tentaram arrombar a porta de ferro. "Prendemos a porta com correntes e tentamos deixar o acesso o mais difícil possível", diz Dulce. A funcionária conta ainda que escuta sempre relatos sobre assaltos. "Esses dias quebraram a porta da locadora que fica aqui do lado. Acho que deveria ter mais segurança nesse bairro", observa.

A opinião de Dulce Hodahara é a mesma da aposentada Adelaide Menegueti, que mora em uma rua próxima ao estádio. "A região está muito perigosa por causa desses jovens que ficam usando drogas por aqui. Tenho medo de sair na rua à noite e conheço vários vizinhos que foram assaltados", afirma a aposentada.

Os feirantes também reclamam da presença constante dos usuários em volta do estádio. "Quando percebemos que eles estão vindo muito aqui na feira, pedimos um reforço policial.", diz o presidente da Associação da Feira do Produtor, Emerson Conca.

ALARMANTE

6.316
É a quantidade de usuários
atendidos pela rede
municipal de saúde em 2011.

O chefe da Guarda Municipal, Paulo Mantovani, diz que a força, junto com as polícias Civil e Militar, faz operações constantes para retirar os usuários do local, mas eles retornam. "Mantemos diariamente cerca de cinco agentes da Guarda Municipal nas proximidades do estádio para garantir a segurança do local, mas como são usuários, não podemos obrigá-los a sair da região."

O tenente Alexandro Marcolino Gomes, oficial de comunicação do 5° Batalhão da Polícia Militar (5° BPM), orienta moradores e comerciantes da região a fazer as denúncias e reclamações na PM, para que os casos possam ser solucionados. O Diario