sexta-feira, 2 de março de 2012

Entre municípios mais populosos do PR, Maringá fica em último no índice do SUS


Maringá ficou em último lugar entre os cinco municípios mais populosos do Paraná no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus), que avalia o atendimento e a qualidade do serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.
No total, Maringá ficou com 5,59, atrás de Curitiba (6,96), Cascavel (6,27), Londrina (6,21) e Ponta Grossa (5,85). Os índices vão de 0 a 10.
Para o secretário da Saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi, o Idsus foi menor por que o Município recebeu um investimento diferenciado dos governos federal e estadual. "As outras cidades tiveram uma atenção maior, por isso o índice delas foi melhor. O relatório divulgado pelo Ministério da Saúde é positivo para que se possam corrigir possíveis distorções", afirmou.
"O índice foi criado para fazer uma avaliação das condições dos municípios do país e verificar o planejamento de ações para os próximos quatro anos, com objetivo de nivelar os investimentos entre todos", frisou o secretário. "Maringá não tem todos os leitos que precisam ser ofertados para o SUS e isso não acontece em Curitiba ou Londrina."
Na média nacional, o Paraná ficou em segundo lugar no ranking dos estados, com 6,23. Nesta avaliação, a primeira da história do SUS, a pontuação do Brasil foi de 5,47.
Maringá a sétima cidade com melhor índice na região
A reportagem fez uma sondagem nos índices de alguns municípios da região de Maringá. Munhoz de Melo (7,36), Ângulo (7,23), Iguaraçu (6,51), Marialva (5,88), Mandaguari (5,85), Astorga (5,7) tiveram índice melhor do que Maringá (5,59).
Já Mandaguaçu (5,14), Santa Fé (4,91), Sarandi (4.84) e Paiçandu (4.79) obtiveram índice menor.
Entre os municípios da região consultados pela reportagem, Maringá ficou em sétimo lugar.

Avaliação
Entenda como é calculado o indicador
O Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus) avaliou o acesso e os serviços do SUS em todo o país, entre 2008 e 2010. Ele foi calculado a partir do cruzamento de 24 indicadores, e 14 avaliavam acesso e 10 mediam a efetividade dos serviços, como a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal, a realização de exames preventivos de câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos e de colo do útero na faixa de 25 a 59 anos, a cura de casos novos de tuberculose e hanseníase e a proporção de partos normais.
Separação
Foram avaliados o país, os estados e os municípios. Seis grupos homogêneos separam as cidades por características similares. Os grupos 1 e 2 contêm os municípios com melhor infraestrutura e condições de atendimentos. Os grupos 3 e 4, as cidades que apresentam estrutura de média e alta complexidade e os grupos 5 e 6 não têm estrutura para atendimentos especializados.

Gazeta do Povo

Nenhum comentário: